domingo, 28 de fevereiro de 2010

BOA E MÁ CONDUÇÃO



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Receoso de conduzir a minha viatura para além de Tomar, desliguei-me dos fantasmas da condução e da estrada e pus-me a caminho de Leiria. O dia, embora chuvoso, prometia melhorar pela tarde.

A minha idade madura aconselha-me a conduzir defensivamente. Por isso, prossigo a minha viagem a uma velocidade moderada que nunca ultrapassa os 70 kms/hora, nas melhores condições de piso e pista. Pelo retrovisor, sigo, atentamente, os carros que me precedem. Rolam a velocidade superior ao meu, pelo que estão constantemente a ultrapassar-me. Alguns condutores habituaram-se a conduzir agressivamente, não respeitando quem conduz com prudência e civismo, chegando ao desaforo de ultrapassarem o meu carro, a uma curta distância, invariavelmente da esquerda para a direita como da direita para a esquerda, na iminência de provocarem uma colisão. É assustador.

Esta introdução é apenas para o tema servir de comparação com o ritmo de vida que levamos. Tal como na condução da nossa viatura, também temos de ser racionais e comedidos na condução da nossa vida. Devemos saber refrear os ânimos e aprender a ponderar e tomar as decisões mais adequadas sem atingir direitos de terceiros. A idade ainda imatura não pode servir de justificação para se ser irreverente e desalinhar, traçando o caminho menos ordeiro e pacífico.

Esta a razão porque muitos, dos que não conseguem refrear a sua ambição impetuosa de atingir objectivos mal calculados, prejudicam terceiros e acabam por não chegar ao fim. Estes ambiciosos desmesurados devem aprender a desacelerar e pôr travões a fundo nos momentos mais tentadores evitando velocidades excessivas e ultrapassagens perigosas dos seus concorrentes.

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