domingo, 28 de fevereiro de 2010

EGOÍSMO

Inédito

Palavra odiosa que enfrento,
Soa a um troar de canhão,
Dilacera e mata à distância,
Tempo de borrasca e trovão
É do seu dono seu sustento,
A minha inteira discordância.


A minha defesa é o desprezo,
Ignorando tão vil tratamento,
Esperar pela lei sagrada,
De um divino chamamento,
Ao deixar o egoísmo surpreso
Senil, divorciado e com tara.


O Egoísmo é falso e inimigo,
É vampiro de sangue devorador,
Vive dos outros até morrer,
Revela-se gigante adamastor,
Olha só para o seu umbigo,
Goza a ver as vítimas sofrer.


O Egoísmo é cobra venenosa,
Ninguém o consegue destruír,
O seu veneno é mau e mortífero,
Impossível de travar e impedir,
Torna a vida difícil e tormentosa,
Actua como droga e soporífero.


Para de vez matar o egoísmo,
Deverá ser usado um antídoto,
Mais poderoso que o seu veneno,
Eficaz, de efeito breve e maldito,
Usando armas contra o terrorismo,
Indiferença, silêncio e desprezo.

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