domingo, 28 de fevereiro de 2010

SONHOS

Inédito

Passaram os anos e não parei de sonhar,
Os sonhos foram muitos e coloridos
Encheram-se de ar e aos céus subiram
Não consegui os sonhos agarrar,
Fugiram e tornaram-se diluídos
Invisíveis e vazios, muitos sucumbiram.

Outros sonhos tentei imaginar,
De esperanças conseguir realizá-los,
Inimigos opuseram-se a tal fim
Impedindo de me deixar pensar.
Sonhos ideais vilmente contrariados,
Destruídos, sem culpas para mim.

Os poucos sonhos que restaram,
Entreguei a meus filhos e netos,
Para esses sonhos realizarem,
Obras e pontes eles edificaram,
Legando herança aos bisnetos,
Para esses sonhos imortalizarem.

Mantenho bem viva a esperança.
Os sonhos virem dar frutos,
Seus detentores são fiéis herdeiros,
Cheios de coragem e perseverança,
Peito aberto, lutadores e astutos,
Combatendo inimigos desordeiros.

No meu leito de fim de vida,
Ainda tenho consciência lúcida.
Dos sonhos continuarem vivos,
Bem guardados em memória viva,
Mercê da arte, manha e astúcia,
Dos meus herdeiros sãos e sobre vivos.

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