sexta-feira, 24 de setembro de 2010

AS FONTES DA VIDA

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«Não é meu propósito substituir-me aos homens da ciência e aos doutorados, mas tão-somente, transmitir a opinião modesta de um autodidacta, como eu, sobre um tema tão oportuno e actual – R.S.»

O tema que hoje vou abordar é-me muito caro por representar para mim toda a razão da nossa existência, a que a maioria das pessoas não dá a merecida importância. São fontes principais da nossa vida, a Água, o Ar e a Luz (energia). São complementares a Natureza e a Alimentação.

Passo a analisar cada uma destas fontes para se poder compreender quão importantes e fundamentais são para a sobrevivência dos seres vivos, em particular, do Ser Humano.

a) – A água é indispensável à qualidade de vida, devido à riqueza das suas propriedades, devendo ser utilizada e consumida, em quantidades equilibradas, tanto exterior como interiormente. Deve-se ingerir água pura proporcional ao nosso peso, fora das horas das refeições principais. Deve ser utilizada na nossa higiene diária, aplicando-a em repuxo em todas as zonas corporais mais sensíveis ao sistema nervoso ou de imersão, aquecida à temperatura do corpo e por períodos de tempo apropriados;

b) – O Ar dá-nos a purificação interior do organismo, através dos pulmões. Deve ser inspirado e expirado, profundamente, de madrugada ou ao princípio da noite. É nestes períodos do dia que o ar é mais puro, pois circula libertado de partículas poluídas que durante o dia mais o afecta, pela agitação de toda a vida em ebulição;

c) – A Luz Natural que contem a energia necessária à nossa visão e locomoção. Deve ser consumida, com precaução, para alimentar os sentidos a ela sensíveis, de harmonia com as suas necessidades mínimas;

d) - Como fontes secundárias temos a Natureza e a Alimentação. A Natureza, por fazer parte de toda a vida terrestre, tendo tal influência no Ser Humano que, quando este lhe causa danos, ela vinga-se ferozmente, causando-lhe danos gravosos e irreversíveis. Por isso, o Ser Humano deve tratar a Natureza com o máximo de dignidade, conservando-a. A Alimentação é a outra fonte de que depende a nossa vida, mais ou menos saudável, consoante os cuidados que tivermos com o seu consumo. Este deve obedecer ao cumprimento de quantidades e qualidades seleccionadas e consumidas em pequenas porções por quatro ou cinco vezes diárias.
Estas são de facto as Fontes da Vida que, sendo bem aproveitadas, têm uma influência salutar sobre todo o nosso ser, estimulando o bom funcionamento de todos os órgãos, evitando doenças e prolongando a vida do Ser Humano, independentemente dos seus genes. Por outro lado, torna-se fundamental para o equilíbrio emocional e espiritual necessário ao bom relacionamento social e à tomada de decisões consensuais.

O ESCLAVAGISTA, O COLONO, O COLONIALISTA E O GLOBALISTA

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Antes de me debruçar sobre a explanação do presente tema, passo a esclarecer porquê e como achei necessidade de o fazer. No momento actual da conjuntura mundial, como cidadão responsável e sentindo-me aríete do sistema instituído, recorri à minha própria memória e vivência e à memória tradicional que me foi transmitida por meu pai e por anciãos africanos nascidos no último quartel do século XIX (1875/1900), com quem tive o privilégio de conviver, na minha terra Natal, a partir dos anos 40, do século passado, para recuperar muita informação oral que me permitiu tirar as minhas conclusões.

Assim, passo a referir-me a cada um dos personagens do tema em questão, que tiveram e têm manifesta influência no relacionamento com os povos, hoje países ex-colonizados:

1 – O Esclavagista pode ser definido como mercador-mercenário, quer por iniciativa própria quer a soldo de países europeus, liderados por Inglaterra, França, Holanda, Espanha e Portugal, empenhados na exploração da escravatura. Esta era exercida por imposição e em parceria com os régulos do litoral africano, com predominância nas zonas do Equador e dos Trópicos e prolongou-se até finais do século XIX, altura em que a mesma foi abolida. Até aí os entrepostos de mercados de escravos funcionavam no litoral por onde eram canalizados milhares de negros, vindos do interior de África para seguirem rumo a mercados receptores do Brasil e Américas Central e do Norte. Os mercadores-mercenários utilizavam barcos no exercício do seu comércio e eram móveis, fixando-se por curto espaço de tempo apenas nos pontos mais estratégicos. A sua principal moeda de troca de bens de consumo e moeda eram as criaturas humanas seleccionadas pela sua melhor compleição física e boa saúde aparente;

2 – O Colono preencheu o lugar do Esclavagista, numa perspectiva diferente de convivência com os indígenas. Como os vários dicionários definem, Colono é “agricultor, cultivador, cultor e lavrador” e eu acrescento, “permutador”. Depois do apaziguamento das populações, o colono, de um modo geral, oriundo de famílias remediadas e pobres europeias, emigrou, por necessidade, para vários pontos do Globo, mas principalmente para África. A sua acção abrangente, foi exercida no comércio, na indústria, na agricultura e em diversos domínios de profissões liberais. Destaca-se o comércio de permuta, em que o colono, a viver em condições precárias e de privações, trocava bens de consumo ocidentais por produtos coloniais.
Todavia, a sua vida não era tão próspera como o seu trabalho justificava, pois dependia umbilicalmente duma outra figura com poder e posição financeira preponderantes: o “Colonialista”. Esta ligação tinha a cobertura do regime colonial imposto pelo Estado para garantir a perpetuidade da política colonial instituída.
Por esta razão o colono era um vassalo do colonialista, pois este funcionava como regulador e controlador da acção do colono que tinha necessidade de entregar às empresas colonialistas os seus produtos coloniais aos preços por estes fixados. As principais marcas de bens de consumo também eram exclusivo destas empresas que os distribuíam, por rateio e a seu belo prazer, pelos colonos. Estes, por sua vez, desdobravam-se em esforços e começavam o seu dia de trabalho de madrugada para se deslocarem ao interior, por estradas de terra e lama, dificilmente transitáveis, para fazerem as suas permutas. Por outro lado, os colonos tinham difícil acesso ao crédito bancário que dependia de uma única instituição bancária estatal. Também não lhes era reconhecido a eles e seus descendentes o direito a ocuparem lugares públicos, por serem considerados cidadãos de 2ª categoria. Os Colonos foram, a todos os títulos, verdadeiros missionários da civilização ocidental e construtores das actuais nações, sem mais-valias próprias relevantes. Ainda está por escrever a verdadeira história do “Colono”, que, por falta de ousadia ainda não foi feito, estando eu próprio empenhado em fazê-lo, tomando por exemplo a vida real de meu pai, que considero ter sido um Colono Valoroso, como foi reconhecido pelo grau de comendador com que foi distinguido.

3 – Finalmente, temos a figura do Globalista, ligado à Globalização. Esta foi a principal causadora da eliminação da Colonização, para servir os interesses das Superpotências e das Elites africanas do poder. Acabou por absorver resquícios colonialistas (a submissão e a corrupção) e esclavagistas (a traficância de crianças, de orgãos humanos, da prostituição, de estupefacientes, etc.) para reforçar a sua acção minadora das sociedades africanas. Segundo o dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, “A globalização acarreta um crescente perigo de repercussão a nível mundial de crises regionais”. Na realidade, os Países responsáveis pela Globalização (E.U.A., Rússia, Inglaterra, Alemanha, França, China, Japão, Índia e Brasil) estão a dominar os países economicamente mais frágeis, fazendo sentir os seus efeitos nocivos em África. Aqui, a globalização estendeu os seus tentáculos às explorações minerais petróleo, diamantes, etc.) e agrícolas (cana-de-açúcar e palmeiras – óleo de palma). É nesta área que os investidores globalistas, ao serviço dos seus países, mais arriscam, abordando empresas agrícolas e os governos locais africanos para adquirirem o máximo de terrenos aráveis para o cultivo de biocombustíveis, a fim de obterem energias alternativas ao petróleo.
Estima-se que já tenham sido cedidos ou vendidos 5 milhões de hectares em todo o continente africano, uma área correspondente a mais de metade do território de Portugal. Este fenómeno priva a maior parte da população rural de explorar a agricultura, base essencial e ancestral da sua subsistência, fomentando a pobreza e a consequente indignação e protestos, como recentemente aconteceu em Moçambique e que poderá repetir-se, contagiando os países africanos (Parte desta informação foi extraída da revista “Visão, nº 914).

Esta é a minha perspectiva que resulta da comparação entre estas figuras, que precipitará uma crescente assimetria entre o estado económico-financeiro dos países dominantes e os dominados, aumentando os índices de pobreza, das doenças, da iliteracia e inevitavelmente, das ondas migratórias das populações carenciadas, perseguidas e expulsas do seu habitat que deixarão de reunir as condições mínimas para a sua sobrevivência.

SER PORTUGUÊS

Apelo à cidadania

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Não basta o nosso B.I. indicar que somos portugueses. Ser Português é muito mais que um mero registo a reconhecê-lo. Temos de ser nós a merecê-lo. Por isso, depois de eu reflectir sobre este delicado tema, tirei as minhas próprias conclusões.

O nosso país (Portugal) treme. A tremedeira por enquanto é intestina e ainda não atingiu os alicerces. A preservação do que ainda resta e a normalização da situação dependem tão-somente dos cidadãos (portugueses). Não devem as diversas elites (leia-se classes sociais) passarem todo o tempo a acusarem-se, defendendo interesses pessoais e classistas. Devem, antes sim, usarem o melhor da sua inteligência e determinação no sentido de apreenderem as condições básicas que lhes possam garantir a sua verdadeira cidadania e que são:

1 – Temos de nos orgulhar de pertencer a um País cuja História é das mais brilhantes, entre as Nações milenárias existentes, procurando aprofundar os estudos dos nossos antepassados e enriquecer os nossos conhecimentos, no sentido de nos mantermos actualizados;

2 – Conhecermos minimamente o espaço geográfico do nosso País, de molde a valorizar e divulgar a diversidade de paisagens, fauna, flora, praias, serras, lagos e rios que formam um painel variado e multicolor de Portugal; apenas lamentando que os parcos recursos financeiros de muitos de nós não permitam conhecer Portugal em mais pormenor;

3 – Dominarmos o melhor possível a Língua Portuguesa, universalmente reconhecida, que foi e é usada por poetas e escritores portugueses, dos mais brilhantes da literatura Mundial. Quanto mais nos embrenharmos no estudo da literatura portuguesa, mais nos sentiremos portugueses.

Conseguido o cumprimento destes parâmetros e juntando estas ferramentas à formação académica mais adequada às nossas aptidões, restar-nos-á aproveitar o nosso espaço geográfico, incluindo a plataforma continental, para utilizarmos o potencial dos nossos recursos naturais, excepcionais, no sentido de fazermos crescer a nossa riqueza, redistribuindo-a justamente.

Estes objectivos poderão ser conseguidos, recorrendo às qualidades intrínsecas e tradicionais do nosso espírito empreendedor, das nossas competências de trabalho, da nossa sociabilidade, da nossa humildade, da nossa tolerância, do nosso bom acolhimento e da nossa sabedoria popular (seguindo os cerca de 7.000 provérbios da nossa língua). Assim alcançaremos a merecida cidadania que tornará o nosso País mais Moderno, Independente e Respeitado.



O ÓBVIO

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Encontrei neste termo do nosso léxico a virtualidade que o impõe como o óbvio de tudo que de bom e mau acontece aos cidadãos e aos seus mandantes. O óbvio está presente na vida de cada um de nós.

Passemos em revista o que de mais flagrante se torna óbvio:
a) - É óbvio que não há vontade política em se resolverem, de comum consenso, os problemas que afectam a situação económico-financeira do País;
b) - é óbvio que os agentes ligados ao poder judicial não estão interessados em resolver os milhão e tal de processos pendentes; como é óbvio que o próprio poder judicial poderia sensibilizar a sociedade para que, por si própria – até com eventuais incentivos, com a redução de custas e emolumentos -, entrasse em diálogo e acordo nas partes dos processos para serem resolvidos extra-judicialmente. Talvez o volume de processo a resolver passasse para metade;
c) - é óbvio que os principais responsáveis pelos processos Casa Pia, Operação Furacão e outros não estão interessados que tenham uma conclusão breve e justa, evitando a sua prescrição;
d) - é óbvio que não há uma mobilização dos defensores dos direitos das pessoas, ao não defenderem a erradicação da prostituição exposta, em sítios inadequados como bermas de estradas e guetos, sem condições, podendo proteger essas meratrizes, instalando-as em casas próprias com condições sanitárias adequadas e maior controle;
e) – é óbvio que continua a facilitar-se a instalação de empresas, sem a mínima qualificação, quer dos empresários, quer de alguns dos seus colaboradores, advindo daí o seu fracasso e duração prematura;
f) – é óbvio que, sendo a OTOC a maior organização profissional do País, permite que os Técnicos Oficiais de Contas se tornem servidores do Estado e das Empresas, ao canalizarem os impostos cobrados a estes para aquele, ficando sujeitos a uma actualização dispendiosa e permanente das regras, com remunerações baixas e humilhações permanentes;
g) – é óbvio que é permitido às instituições bancárias cobrarem verbas desproporcionadas em comissões e serviços com mais-valias impensáveis e não permitidas às empresas privadas; Segundo os dados mais actualizados, as comissões cobradas pelos bancos aos seus cliente, já atingem cerca de 7,5 milhões de euros por dia.
h) – é óbvio que os jovens se sentem desmotivados e que os idosos desprotegidos e esquecidos (muitos, abandonados), por amigos, pela sociedade e até pelos próprios familiares;
i) – é óbvio que se debate nos areópagos do poder, “O Estado da Nação”, deixando por debater os verdadeiros problemas que atingem o cidadão que os mandatou para defenderem os seus direitos;
j) – é óbvio que o dinheiro dos nossos impostos é mal aplicado, como é óbvio não haver redução de despesas;
k) – é óbvio que cada vez é maior o fosso entre ricos e pobres, como é óbvio que o crescimento económico se concentra cada vez mais nos mesmos;
l) – é óbvio que todos nós somos cartas do mesmo baralho, viciado, em que uns quantos, para além de terem os trunfos, ainda recorrem à batota;
m) – é óbvio que haveria muitos mais itens dignos de menção, mas é óbvio que não adianta perder tempo e ocupar espaço inúteis.
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Depois deste rendilhado de evidências, é óbvio que se não houver maior consciencialização de todos os cidadãos, que partilham da mesma Nação, do dever cívico e moral a aplicar para inverter o “Estado da Nação”, dificilmente recuperaremos da crise em que estamos mergulhados.


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A VERDADE E A MENTIRA

INÉDITO

Duas palavras de significado oposto, mas que vivem interdependentes. A verdade é a contradição da mentira; é tão poderosa que se torna temível e perigosa, tanto para quem a defende como para quem a ignora. A mentira, por se ter banalizado, torna-se vulnerável e menos perigosa que a verdade, embora de efeito nocivo imediato.

Não há ninguém que não se tenha servido da verdade para tentar sobreviver no seu mundo de relações, ignorando a mentira que acaba por se interpor para a desvalorizar e desacreditar. Nos dias de hoje a mentira vulgarizou-se a tal ponto que as pessoas se esquecem dos mínimos princípios de ética e de respeito mútuo. Um observador atento, depara-se diariamente com a mentira que transparece da política, do ensino, da justiça, dos amigos, dos inimigos, dos familiares, etc... Se alguém tentar contradizer a mentira, arrisca-se a ser marginalizado e travado na progressão normal da sua vida profissional e até privada.

Passo a citar cinco reflexões de personalidades a quem a verdade e a mentira não passaram despercebidos:

« “As mentiras mais detestáveis são as que mais se aproximam da verdade” (André Gide);

« “De vez em quando os homens tropeçam na verdade, mas a maioria deles levanta-se rapidamente e continua o seu caminho como se nada tivesse acontecido” (Winston Churchill);

« “Uma mentira vem logo no encalço de outra” (Terêncio);

« “O mentiroso faz dois esforços: mentir e segurar a mentira” (Júlio Camargo”;

« “O Homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem” (Concílio Vaticano II, Guadium et Spes, 35)

Todas as decisões por nós tomadas, a coberto da verdade, são hoje confrontadas com falsas teses defendidas por alguns a coberto da mentira. Por esta simples razão não se progride em busca de consensos e soluções para o bem geral e estabilidade futura, sendo a verdade sinónimo de carência e a mentira sinónimo de abastança.

sábado, 11 de setembro de 2010

QUE IMPORTâNCIA TENHO eu?

INÉDITO

Todos nós deveríamos fazer esta pergunta a nós próprios. Todavia, tenho a certeza que teriamos dificuldade em obter uma resposta esclarecedora, por sermos incapazes de fazer uma auto-análise dos nossos comportamentos.

A resposta depende de cada caso em si e para se tirar uma conclusão, impõe-se reduzir-nos à mais extrema simplicidade e despir-nos de preconceitos. Por sermos egoístas por natureza e pretendermos alcançar um ascendente sobre o nosso próximo, abrimos frentes de confronto e de guerrilha de que acabam por sair ambas as partes molestadas.

Estes desencontros são prejudiciais porque são desestabilizadores, provocando fortes danos emocionais e materiais. Os exemplos destas situações são a perder de conta, podendo citar alguns, bastante evidentes, que são do meu conhecimento:

a) – determinada herança de cerca de um milhão de euros arrasta-se pelos tribunais há cerca de 8 anos, por falta de consenso, entre os herdeiros, na sua partilha. Este impasse ocasiona sérios prejuízos materiais resultantes das despesas judiciais e de advocacia, além dos efeitos psicológicos nocivos;
b) – um condutor que se acha dono da estrada e que, arrogantemente, despreza as regras de trânsito, pondo em risco a sua própria vida e a de terceiros, recorrendo ainda ao insulto e até à confrontação física;
c) – a intolerância, por facciosismo, de adeptos de determinado clube de futebol ou outro desporto, que não sabem desfrutar e aceitar com desportivismo a disputa de um jogo e o resultado final, quando desfavorável, agredindo verbal e fisicamente os adeptos adversários.
d) – a prepotência de certos detentores de cargos públicos e de instituições bancárias que não respeitam os mínimos direitos dos utentes e clientes respectivos, criando-lhes dificuldades e obstáculos, não permitindo a resolução de assuntos simples e legítimos.

Eu poderia alongar-me em muitos mais exemplos, mas é evidente que estas aberrações do relacionamento de muitas pessoas resultam de se acharem com direitos próprios, acima do concidadão comum, que por educação, formação e natureza própria evita o confronto e conflito a que é exposto. Para se pôr termo a este comportamento defeituoso, basta respeitarmos o nosso concidadão e acharmos que, em valores morais e de direito, somos todos iguais, independentemente de raças, credos, instrução, profissão, gostos, usos, costumes e tudo o que faz parte da identidade de cada um.

PÔR AS PESSOAS A PENSAR

INÉDITO
Quando escrevo é meu propósito alertar as pessoas para tudo que seja contranatural e que tanto afecta as suas relações amistosas e pacíficas. Os meus escritos pretendem chamar a atenção dos meus leitores para a necessidade de, antes de se agir, pensar como, em que tempo e a legitimidade das decisões a tomar.

Sabemos que, por ausência de diálogo e do reconhecimento dos direitos próprios que cada um tem até ao limite dos direitos do seu próximo, geram-se espirais de contradições e ofensas de que ninguém tira proveito. Das posições radicais assumidas, resultam prejuízos sérios e avultados para ambas as partes. A minha longa vivência e experiência possibilitaram-me assistir às mais diversas incongruências de situações simples, tornadas complicadas e irresolúveis, pelos respectivos interessados envolvidos.

Não vou aqui citar exemplos, porque se cada um de nós fizer um esforço de memória e parar para pensar, achará no seu próprio currículo comportamental, dezenas de casos que podiam ter sido resolvidos de maneira mais rápida e pacífica a contento das partes envolvidas que tiveram culpas repartidas.

O próprio Estado deveria abdicar da aplicação rígida das leis da justiça, impondo aos cidadãos uma filosofia de entendimento e acordo particular (extra-tribunal), na resolução de questões de menor relevância (mediante limites). Esta medida, fácil de aplicar, obrigaria os cidadãos a resolverem por si, os seus conflitos, normalmente radicalizados por teimosia e orgulho. Da sua aplicação prática, para além da supressão de custos, iriam ser eliminados centenas de milhar de processos judiciais que entopem os tribunais e de que é público ascenderem a mais de um milhão de processos.

Sinto que esta medida nunca será tomada porque iria colidir frontalmente com interesses instalados dos agentes profissionais interessados no arrastamento, por tempo indefinido, dos processos pendentes que terão custos elevados.

AS DAMAS E O XADREZ

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Estes jogos estiveram em voga nos 3 últimos quartéis do século passado e requeriam perspicácia, concentração e muita fluidez de raciocínio pelo que achei dar-lhes a minha interpretação em trecho corrido para fugir aos cânones da rigidez da pontuação na mesma ligeireza como hoje os assuntos sérios e menos sérios são tratados sendo então as Damas consideradas de trato simples e jogadas pela plebe e o Xadrez jogado pelas Elites que eram donos e senhores do dinheiro do poder e do saber enquanto que as damas se jogava quase sempre a feijões ou com tostões o Xadrez era disputado com fortes apostas de dinheiro por grandes empresários membros do aparelho político com Salazar à cabeça por ser reconhecidamente um exímio jogador tanto no plano interno como no plano externo do país em que saía sempre vencedor no plano político deixando para o plano privado algumas vitórias para proveito dos restantes jogadores da retaguarda suportes do poder aumentando o património destes colaboracionistas e engrossando os cofres do Estado especialmente com barras de ouro até ao dia que a intervenção da oposição a esta forma de jogo viciado levou Salazar a mudar a posição do Xadrez de horizontal para vertical de modo a permitir que os adversários vencidos fossem passando para o outro lado do tabuleiro retirando-os definitivamente de cena e pondo-os a espreitar e a respirar pelo xadrez mas como a providência é soberana acima de qualquer outra autoridade interveio inesperadamente provocando a queda de Salazar da cadeira em que ele ainda gizava uma das suas jogadas contundentes impossibilitando-o definitivamente de governar todavia ainda hoje se pratica o jogo de xadrez continuando a ser privilégio das Elites mas dado a falta de conhecimentos e de preparação que tinha o Mestre Salazar não conseguiram os novos políticos dar continuidade por muito tempo às jogadas lucrativas em seu proveito próprio acabando por perder as jogadas não a favor da plebe que se sente cada vez mais prejudicada mas a favor do Exterior (União Europeia e Super-potências) continuando a plebe entretida com as Damas (leia-se futebol televisão férias e feriados) sendo este o retrato fiel de um País Faz de Conta que não acerta o passo com as exigências do seu Futuro

OS PROVÉRBIOS

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Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa, “Provérbios” são “máximas ou sentenças de carácter prático e popular, expresso em poucas palavras e geralmente rica em imagens e sentimentos figurados”.

Os provérbios, por encerrarem uma filosofia de vida genuína e saudável, deveriam constituir um manual de princípios e boas maneiras a seguir por todos os cidadãos. Nos países menos evoluídos, em que os valores materiais são colocados em plano secundário em relação aos valores tradicionais, estes considerados sagrados, os povos levam a sério os seus provérbios. Estes, na generalidade, são universais e têm versões próprias nas mais variadas línguas e dialectos. Em África, é mais notória a prática e seguidismo dos Provérbios.

Sou mais ousado em sugerir que deveria tornar-se obrigatório o ensino, nas Escolas, dos nossos Provérbios mais populares. A interpretação de cada um dos provérbios traria mais luz às mentes dos jovens sobre a sua formação e conduta mais correcta para lhes facilitar a inserção na vida futura, contribuindo para uma sociedade mais justa e solidária. Passo a citar alguns entre os milhares de provérbios que são de tradição popular:

« Muito falar, pouco acertar;
« Muito falar, pouco pensar;
« Muitos conhecidos, poucos amigos;
« Mais vale um sim tardio do que um não vazio;
« A conselho amigo não feches o postigo;
« Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és;
« É mais fácil prometer que dar;
« Espera de teus filhos o que a teus pais fizeres;
« Vê-se na adversidade o que é a amizade;
« Amor de pais não há jamais;
« Filho sem dor, mãe sem amor;
« A fome faz sair o lobo do mato;
« Quem tem fome, cardos come;
« Amigo disfarçado, inimigo dobrado;
« Amigo verdadeiro, vale mais que dinheiro;
« Amigos, amigos, negócios à parte;
« Quem te avisa, teu amigo é;
« Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão;
« Dinheiro emprestado, anda mal parado;
« Quem não tem dinheiro não tem vícios.

Deixo a interpretação destes provérbios à livre imaginação de cada leitor, na certeza, porém, de que deles saberão tirar as ilações mais lógicas e naturais, estabelecendo comparações com as realidades da nossa vida quotidiana. Dessas comparações, concluirão que se cada um de nós tivesse sempre presente, nas nossas relações comunitárias, as mensagens transmitidas pelos provérbios, haveria maior compreensão, solidariedade e justiça.

O GRANDE PATRIMÓNIO E O HOMEM

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Como é óbvio, relacionar o Grande Património com o Homem é imperativo para se tirarem ilações da necessidade de serem tomadas medidas urgentes e inadiáveis correctoras dos desvios cometidos pelo Homem.

O Grande Património é todo o Universo natural que compõe a Terra, planeta que nos foi legado pelo Poder Divino para nele vivermos. Porém o Homem não deu a devida importância a esse facto, servindo-se do seu Património Natural para o delapidar e degradar no seu proveito imediato, insensato e egoístico. Essa atitude tem passado por agredir a Natureza, devastando as matas pelo seu derrube e pelas suas queimadas, desventrando as suas entranhas para extrair as riquezas minerais, extraindo dos mares a sua fauna, secando fontes de água e mudando o curso das águas correntes, poluindo o ar através das fábricas e dos transportes mecânicos movidos a combustível, etc...

Não se vislumbra um retrocesso nos comportamentos do Homem, antes sim um recrudescimento das suas acções malévolas contra a Natureza para beneficiar das mais-valias imediatas, Assim a Natureza, inconformada, rebelar-se-á cada vez mais contra os maus tratos do Homem, causando-lhe danos gravosos materiais e morais. Este estado de coisas redundará na destruição do Grande Património que o Homem não sabe nem saberá estimar.

A COLONIZAÇÃO E A GLOBALIZAÇÃO

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Fenómenos estes, sociológicos, que influenciaram, profundamente, através dos séculos, a alteração da geografia e tradições e costumes, além da economia dos milhares de povos que habitaram e habitam o Planeta Terra.

A colonização foi exercida por diversas civilizações com custos e ganhos, tanto para os países colonizadores como para os colonizados, difíceis de contabilizar. Todavia, a história tem-nos revelado que os povos colonizados foram beneficiados com novos meios de progresso e civilização, possibilitando o seu desenvolvimento com a erradicação do seu primitivismo. Construíram-se novas estradas e pontes, instalaram-se fábricas, modernizou-se e desenvolveu-se a agricultura, ergueram-se aldeias, vilas e cidades, unificaram-se povos, fundaram-se nações e fundiram-se raças. Podemos concluir que o balanço da Colonização é positivo.

Quanto à Globalização, que substituiu a Colonização, verificamos que a sua acção tem sido prejudicial aos países a ela inevitavelmente sujeitos. O poderio económico, dos países globalizantes, exercido sobre os países globalizados, submete estes a regras que espartilham o seu desenvolvimento unilateral, devido à dependência económica a que ficam submetidos. O crescimento económico, aparentemente conseguido pelos países globalizados, não tem expressão redistributiva por reverter para os países dominantes e financiadores. Para além dos juros cobrados pelos financiamentos efectuados – em benefício de uma elite e não do Estado -, tiram partido das matérias-primas provenientes dos países globalizados (explorados).

A Nova Colonização (Globalização) está principalmente a afectar a vertente agrícola. As multinacionais querem cultivar matéria-prima capaz de produzir energia a ser utilizada nos países do Norte cada vez dela mais carenciados pelo crescendo do seu consumo. Os investidores abordam empresas agrícolas e os governos locais para adquirirem o máximo de terrenos aráveis para o cultivo de biocombustíveis, principalmente cana-de-açucar e palmeiras (óleo de palma). Estima-se que já tenham sido cedidos ou vendidos 5 milhões de hectares em todo o continente africano, uma área correspondente a mais de metade do território de Portugal. Este fenómeno priva a maior parte da população rural de explorar a agricultura, base essencial e ancestral da sua subsistência, fomentando a pobreza e a consequente indignação e protestos, como recentemente aconteceu em Moçambique e que poderá repetir-se, contagiando os países africanos afectados.(Parte desta informação foi extraída da revista “Visão”, nº 914).

Esta é a minha perspectiva que resulta da comparação que resolvi fazer entre a Colonização e a Globalização de que resultará uma crescente assimetria entre o estado económico-financeiro dos países dominantes e os dominados, pelo que aumentarão os índices de pobreza, das doenças, da iliteracia e inevitavelmente, das ondas migratórias das populações carenciadas, perseguidas e expulsas do seu habitat.



VIAS DE COMUNICAÇÃO E DE COMUNICABILIDADE

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O Mundo terrestre materializou-ze. Com a globalização proliferaram as vias de comunicação, na vertente materialista, subalternizando a comunicabilidade. A verdadeira essência para que o Universo foi criado, com a intrusão do Homem, perdeu a sua vocação e encurtou a sua vida e existência no Cosmos em que gravita.

Quanto mais evolui a ciência na descoberta de novos processos de investigação, no sentido de contrariar a Natureza do Universo, mais este se rebela e responde com reacções violentas e devastadoras. O Homem que se considera “Senhor do Universo”, não só afronta a Natureza como lida mal consigo mesmo, não aproveitando as vias de comunicação que criou para intensificar e aperfeiçoar a comunicabilidade entre si.

Temos a faculdade e a facilidade de assistir em qualquer recanto do Mundo a todos os acontecimentos que nele se desenvolvem, sem aproveitarmos a capacidade de podermos controlar ou filtrar essa informação no sentido mais pacífico e conciliador que seria desejável. Qualquer tentativa que alguém, de bom senso e animado das melhores intenções, faça para contrariar a tendência maldosa e divisionária irradiada por essas vias de comunicação, não tem qualquer sucesso. Esta impossibilidade torna cada vez mais forte o núcleo duro que se apossou do controlo dessas vias de comunicação, utilizando os seus fortes meios económicos e sofisticados.

Tal circunstância, não viabiliza o diálogo entre os Homens e as Nações, que passaria pela comunicabilidade pacífica e ordenada, utilizando as vias de comunicação do audiovisual disponível. Outrossim, aproveita-se este recurso para lançar provocações e desafios em nome da hipotética defesa de direitos humanos, mas recorrendo, paradoxalmente, a métodos que ofendem e transigem com esses mesmos direitos dos visados.

Esta desestabilização reflecte-se em todos os quadrantes das sociedades, passando transversalmente, pelas famílias, pelas empresas, pelas profissões, pelas comunidades e pelas Nações. Por esta simples mas também paradoxal complicada situação, não se vislumbra nenhum desenvolvimento de boas intenções, acelerando deste modo a destruição e perda total de tudo o que se construiu de positivo até a actualidade.