(INÉDITO A PUBLICAR)
Ombros vergados por cabeças cheias de ideologias,
Não fico surpreendido, apenas pasmado,
Momentos mal vividos, desperdiçados,
Ideários mal intencionados.
As ideologias são muitas e bastante activas,
Passam pelas políticas, financeiras,
Económicas, religiosas, raciais,
Familiares e muitas mais.
Tudo suspenso de mudanças em nome das leis,
Fabricadas por ideólogos visionários,
À busca da terra prometida,
Algures invisível e perdida.
As multidões são arrastadas por uma liberdade,
Mascarada por mentiras orquestradas,
Com sangue abundante derramado,
Em vão desperdiçado.
Os mensageiros da libertação arrasam nações,
Afugentam populações para longe,
Criam fome, sede e doenças,
E entre irmãos malquerenças.
Desmembram famílias, rompem amizades,
Destroiem patrimónios ancestrais,
Fazem por prazer terra queimada,
Para disso colher nada.
Os meus cabelos brancos foram espectadores,
De uma realidade prolongada e dolorosa,
De episódios e quadros negros,
Impostos por métodos severos.
Enganadas, as vítimas rebelam-se vingativas,
Aprisionam os seus perseguidores,
Libertam-se da longa escravidão,
Dissipando a escuridão.
Nunca mais confiarão nos pseudo-profetas,
De paraísos imaginários ondeantes,
Descobrindo pura mentira,
Provocando enorme ira.
Quando as ideologias forem da terra erradicadas,
Os homens perderão o medo e serão
Para sempre mais felizes e solidários,
Acabando com ideólogos e ideários.