domingo, 30 de dezembro de 2012

CONTRAMÃO

Quando te achei, andei contramão,
para ir ter contigo.
Tu percebeste minha intenção,
inverteste tua marcha.
Fiquei amachucado
e desiludido.

Deixei de te ver, perdi o teu rumo,
bati contra um muro,
que tu ergueste entre nós,
para eu não te pegar
e te abraçar e beijar.

Não vou desistir de ti, não,
Mesmo que ande contramão,
Eu sei que tu te esquivas
e me desejas possuir.
Contando com meu mau conduzir.


PREGÕES DE LISBOA

Os pregões soltavam-se das vozes das varinas.
Corriam as ruas de Lisboa,
Velozes e barulhentos,
Andavam à toa.

Assomavam às varandas e às janelas, os residentes,
Que se mostravam surpresos e impacientes,
Com os muitos e bonitos pregões.
Que soavam como trovões.

Traziam consigo frutas, legumes, peixe e pão,
Até jornais e roupas eram anunciados,
Muita espécie de fancaria,
Para serem comprados.

Os pregões começavam com a luz do Sol a nascer,
Para os iluminar no seu espairecer,
Pela cidade que despertava,
E a todos encantava.

Desejo o meu, de ao tempo dos pregões, poder voltar,
Ouvir aquelas vozes potentes no ar,
E escolher as coisas preferidas,
Para serem adquiridas.

Tempos que a seu tempo, eram os pregões os donos
Das ruas, travessas e vielas de Lisboa,
Em conjunto com os elétricos,
E alguns carros esotéricos.












O ATALHO DA MINHA VIDA




Desviei-me do meu caminho.
Por um atalho que me surgiu,
Nada de o seguir me impediu,
Terminei no atalho sozinho.

Andei pelo atalho perdido,
Sem lhe achar o término,
Achei-me como menino,
A cumprir castigo severo.

Não vi o apoio de ninguém,
Apenas completo desdém.
Fui castigado como Jesus,
Noutro tipo de crua Cruz.

O atalho que segui, longo,
Só terminou muito depois,
Não sei quando nem onde,
Fiquei sem saber até hoje.




FALTA DE COMUNICAÇÃO

Ainda aqui estou,
E tu, onde estás?
Chamadas do Face,
Entre amigos e amigas.
Repetem e insistem
Sem resposta,
Por vezes não resistem,
Vale outra aposta.

Você faz de mim moleque?
Já me falta de pachorra,
Não vou esperar mais,
Você me quer na masmorra,
Eu não suporto, jamais,
Você é cafajeste.

Sei que você me vai odiar,
Por pensar que a troquei por outra,
É apenas seu ciúme,
Não quero voltar a arriscar,
Vai ficar tudo na mesma,
Não quero mais queixume.



DESAPARECE DOS MEUS SONHOS


Sai dos meus sonhos e vem ter comigo,
Quero tocar e sentir teu corpo.
Não quero continuar contigo em sonhos,
Quero que tu te tornes real.
Já não suporto ter de te imaginar
Apenas em meus sonhos.


Se não apareceres, sai dos meus sonhos,
Vai para muito longe,
Onde te não veja,
Prefiro ficar só, sem a ilusão
De tu existires
E eu não te possuir.

Se sonhar é sofrer, não quero mais sonhar,
Prefiro acordado padecer,
Do que levar a vida a tecer
Novelos de sonhos desfeitos
Difíceis de concretizar
E não ver meus desejos satisfeitos.

SEI O QUE VALHO


Será que valhos algo, diz-me tu sem receios.
Não basta acasures-me de convencido
E de teimoso,
Tenho de saber porque sou assim preterido.
E tratado como maldoso.

De tão simples que sou, acho-me diferente.
Por isso tu não me toleras,
E desesperas,
Fico indiferente,
Não vou mudar porque me pedes.

Também há quem goste de mim, a minha
Cachorrinha que não me acusa,
Antes me adora,
De quando em vez chora,
Quando eu me esqueço dela.

Sei o que valho, tenho o meu valor,
Não me farás nenhum favor,
Tenho tudo que te dou,
Se me quiseres tal como sou,
Terás de te entregar sem condições.



A FECHADURA DA MINHA PORTA


Mudei a fechadura da porta da minha casa
Pra nunca mais poderes sem aviso entrar,
Já não fazes parte da minha vida e sobrar
Só a lembrança dos beijos que eu te dava.

Não forces a fechadura, porque é diferente,
A chave a outra formosa mulher pertence,
Passou a ser a minha actual companheira,
A tua cumplicidade foi apenas passageira.

Talvez eu venha a ser outravez enganado,
Já não sei em quem a sério devo confiar,
O que me acontece é para me atemorizar.

Deixo a vida levar-me pra qualquer lado,
Sem poder contrariar sua imposta vontade,
Acabando, por fim, saber a plena verdade.

E DEPOIS...!?


E depois, o que vai ser de nós dois?
Quando o Mundo estiver para acabar
E já nada vier a sobrar?

Só nós dois e mais ninguém a nos amar,
Esperando o céu conquistar,
Quando Deus nos chamar.

Nos tentaremos mais uma vez pecar.
Nos apertando em beijos e abraços,
Até ficarmos em pedaços.

E depois, o que virá a seguir até ao fim,
Passarmos todo o tempo a curtir,
Fazendo da vida um festim?

Deus certamente não vai gostar e nos castigará
Pelo nosso egoísmo de tanto curtirmos,
Sem um conselho lhe pedirmos.

E depois, não sei ao certo o que farei,
Com a nossa vida em comum,
Talvez fique em jejum.

Nunca na vida jejuei, a vida era farta,
Só pensava viver aquele momento,
Sem conhecer tormento.

E depois...E depois...E depois...!?
Será que vamos sobrar só nós dois?














NOITE DE VIGÍLIA

Tenho sono, mas não me apetece dormir,
Fico acordado, tomando conta de ti,
De olhos bem abertos para ver
Se o meu rival inimigo,
Não te vai possuir, eu temer.

Passo noites e noites de vigília,
A adorar-te no altar da minha cama,
Eu trajando meu pijama,
Tu de vestido de noite de tília,
Ambos sem saber que fazer.

Quando nos amamos, perdemos a razão,
Ficamos obcecados, sem senão,
Perdemos a fala, ficamos mudos,
Tornamo-nos sisudos,
Esperando que passe a noite.

Nosso amor é de manhã descoberto,
Pelos raios de sol intrusos,
Que nos deixam confusos,
Ao entrarem no quarto, indiscretos,
Fazendo de nós objectos.



quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

MAIS UM NATAL


Mais um Natal como tantos outros,
Passou por nossas casas,
Deixou estragos nas bolsas,
Pessoas sofrendo, abandonadas,
Festejando com excessos, outras.

O Natal, para além de Jesus,
Tornou-se moda para muitos,
Que o festejam para se divertir,
Não respeitando o dia Santo,
P’ra apenas sua soberba exibir.

Salva o Natal de Cristo, a bondade
Daqueles que distribuem seu amor,
Contemplando estômagos e almas,
Minimizando seu momento sofredor,
Com comida e abraços em palmas.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

NÃO PASSOU DUM SONHO


O barco se afundou, fiquei à tona a boiar,
Me valeu uma sereia que me veio salvar,
Fez de mim prisioneiro para me possuir,
Eu não consegui a seus encantos resistir.

Vivi feliz com a sereia, enquanto ela quis,
Quando se fartou de mim, me abandonou,
Numa praia da costa d'África. Me torturou,
Sabendo que seus caprichos eu satisfiz.

Essa praia era da terra em que nascera
Há muitos anos e que me deixou crescer
P'ra mais tarde a desgostos me submeter.

Foi sonho que em noite agitada eu tivera,
Do qual despertei p'ra mais um novo dia,
Poder por fim viver feliz como eu queria.


O MEU ÚLTIMO POEMA DO ANO

Deste ano quase passado, nada sobrou,
Nem lágrimas, nem alegrias,
Tudo se perdeu nas horas e nos dias,
Nada para o próximo ano sobejou.

Ilusões, projectos e promessas,
São coisas do passado,
Que em círculo fechado,
Giram sempre às avessas.

Outro ano, outros projectos, outro futuro,
Começa tudo outra vez do princípio,
Evita-se cair em novo precipício,
Só se colhe o fruto depois de maduro.

Depois do fruto comido e saboreado,
Fica-se com vontade de o semear,
Para nossa ambição estimular,
Atingindo depressa o telhado.







UM RECOMEÇAR PERMANENTE


MENSAGEM DO ANO NOVO

Com o novo ano tudo recomeça do nada,
As lembranças arrefecem,
Renascem as esperanças,
Esquecem-se desgostos,
Renovam-se energias,
Enfrenta-se o futuro de incógnitas.

O engenho e a arte ajudam a criar e inovar,
O que ainda se não conhece,
E que só ao seu criador enobrece,
Por tudo que de novo no Mundo anunciar,
P’ra da sua mais-valia, dividendos tirar.
E poder distribuir p’los mais carenciados.

As mesmas dúvidas de sempre, do insucesso,
Se nos distrairmos por um momento,
Poder acontecer, sem aviso,
A vida seguir um rumo errado,
Provocando enorme prejuízo,
Sem o resultado esperado.





sábado, 22 de dezembro de 2012

ALEIAS DA BEIRA INTERIOR


Beira interior de Portugal, verdejante e bela,
Cada vez que te visito,
Mais vontade tenho de voltar,
Tal é tua magia singela,
Teu ar de senhora de séculos,
Sempre jovem de contemplar.

Com tuas serras, vales e arvoredos,
Ribeiros e pinhais,
As surpresas são sinais,
Dos seculares segredos
Que guardas com vaidade,
Com a tua proveta idade.

As aldeias que te adornam,
De tempos do granito,
São património único,
Que perdurarão no infinito,
Dos anos, que súbito,
Em memórias se tornam.

Gestosa, Coentral e Pisões,
São aldeias de tradições,
Que compõem o cenário belo
Da serra da Lousã, quadro singelo
Que só as terras de Gerês, do Bouro,
Igualam como verdadeiro tesouro.

SAI DOS MEUS SONHOS

Sai dos meus sonhos e vem ter comigo,
Quero tocar e sentir teu corpo.
Não quero continuar contigo em sonhos,
Quero que tu te tornes real.
Já não suporto ter de te imaginar
Apenas em meus sonhos.

Se não apareceres, sai dos meus sonhos,
Vai para muito longe,
Onde te não veja,
Prefiro ficar só, sem a ilusão
De tu existires
E eu não te possuir.

Se sonhar é sofrer, não quero mais sonhar,
Prefiro acordado padecer,
Do que levar a vida a tecer
Novelos de sonhos desfeitos
Difíceis de concretizar
E não ver meus desejos satisfeitos.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

MIRAGENS


Meu destino é um deserto,
Com dunas que tento vencer,
Vejo nelas haréns de mulheres,
Que me esperam para se oferecer,
Devem ser simples miragens,
Não as consigo alcançar.

Alcançar era o meu maior desejo,
Mulheres que me deixam a suspirar,
Com desejos de as abraçar.
Não posso fugir ao meu destino,
De atravessar o deserto, sózinho,
E ficar no caminho perdido.

Perdido, sem saber que fazer,
Em tão longo caminho do deserto,
Vejo apenas essas mulheres,
Que me parecem cada vez mais longe,
Desapareceram em nuves de areia,
Ficando eu apenas com as miragens.



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O TEU OLHAR


Vejo no teu olhar fantasias imaginadas,
Vejo desejos inconfessados,
No teu olhar vejo a minha imagem,
Que tu retiveste por alguma razão,
Como prisioneiro do teu amor.
É no teu olhar que procuro,
Ler as verdades que tu escondes,
Decifrar as mentiras disfarçadas,
Vejo no teu olhar queixumes.
Vejo prazeres escondidos,
Vejo palavras tímidas por dizer
Vejo desgostos de amor
Vejo que tu vives a sofrer.
Vejo e revejo-me no teu olhar,
Sem saber como te ajudar.
Tu não me queres confessar
O que tens de mau no teu olhar.
És teimosamente orgulhosa.



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ESTOU AQUI


Perguntas por onde ando, eu estou por aqui,
Tenho estado este tempo todo à tua espera,
Tu não me queres encontrar,
A minha paciência desespera.

Não és sincera por dizeres que te preocupas
Comigo, e não me encontras, ficas indiferente.
És fria e estás sempre ausente,
Esperando que eu de ti desista.

Não te surpreendas se eu por outra te trocar,
Alguém por quem eu me venha a apaixonar,
Preciso de porto seguro para fundear
Meu barco do amor, pra não naufragar.







PENAS DO MEU PENAR



Vivi penas do meu penar,
Dos maus momentos que passei,
Não tenho que me queixar,
Se tudo abandonei.

Abandonei porque a isso fui obrigado,
Fiquei perdido no pensamento,
De que não tinha outra opção,
Ficar apenas com o sofrimento.

Sofrimento por longo tempo,
Tempo que o apagou,
Já não tenho mais ilusões,
Restam-me os meus botões.

Botões que desabotoei
Para respirar ar fresco,
Da brisa que me chegou,
Do Sul em dia de Sol.

Sol que brilhou mais intenso,
No dia que de tudo me esqueci,
Foi como que forte incenso,
Que perfumou minha vida.



sábado, 15 de dezembro de 2012

SURPRESAS E (IN)CERTEZAS


Passei por muitas surpresas e incertezas,
Ficaram-me as certezas
De que a vida é recheada de tristezas,
Pelas minhas incertezas,

Depois das surpresas com que me brindaste,
De me deixares em pranto,
Foi enorme o meu espanto,
Com a tua atitude, com me enganaste.

Ainda me restava leve esperança,
de teu arrependimento,
Foi apenas leve sustento.
Resta-me ficar com a tua lembrança.

Não vou crer jamais em ninguém,
Recebi promessas e juras, em vão,
Já não sei ao certo se és o meu bem,
Tão distante estás do meu coração.

Enquanto renascer em mim, inspiração,
Continuarei a escrever meus poemas,
Os maus momentos vividos não são dilemas,
Que me impeçam de manter minha vocação.












sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

MUDEI DE RUMO


Interrompi meu caminho,
por não saber aonde ia dar.
Depois de muito andar,
parei e fiquei sozinho.

Fiquei sozinho a meditar,
se valia a pena continuar.
Uma voz interior me disse,
para. Andares é uma burrice.

É uma burrice não saber
Pra onde se caminha.
Perdi tudo o que tinha,
por querer enriquecer.

Enriquecer é palavra,
que deixei de usar,
por ser insultuosa
e nos levar a tentar.

Tentar outra descoberta,
escrever crónicas e versos,
Foram a opção mais certa.
abandonei os desertos.

Dos desertos passei à cidade,
assumi outra responsabilidade,
tornei-me cidadão observador,
defendendo valores com fervor.


POBRE FLORESTA


A floresta sofre de dor com seu derrube,
seus ramos e folhas gritam de dor,
os homens gananciosos, sem amor,
a maltratam como se fosse sua escrava,
se esquecem de sua cruel atitude,
e a floresta chora lágrimas de lava.

A floresta revoltada, vê seus filhos
serem banidos da sua bela vida,
os pássaros voarem de fugida,
para outras paragens com pios
sofridos, e os insectos sem norte,
buscando algures, melhor sorte.

Sofro com a floresta da minha infância,
deixei de a ver, só vejo clareiras,
como lenha queimada em lareiras,
por homens prenhes de arrogância.
A natureza se vingará a seu tempo,
castigando quem vive de injusto sutento.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

BEIJO ROUBADO


Quis roubar-te um beijo,
tu não deixaste,
esse era o meu maior desejo,
tu mo recusaste.

Não vou desistir desse beijo,
que eu sonho há muito te dar,
Irei esperar pelo ensejo,
mal consiga te conquistar.
Sei que teu beijo é terno,
de sabor a mel das flores,
beijo que para mim é eterno,
que guardarei com seus sabores.

Transporei mares e terras
para te encontrar,
nem que enfrente reinos e feras,
para junto de ti chegar.

Travarei duelos e guerras,
com os guardiões do teu templo.
invadirei suas terras,
para conseguir meu intento.


Vencido o inimigo para sempre,
cairás nos meus braços,
utilizarei a minha forte mente,
para estreitarmos nossos laços.

.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

FRÁGEIS E (IN)DESEJÁVEIS


Criaturas que ao nascer são frágeis,
não deixam de ser desejáveis.
Vieram ao Mundo geradas por amor,
de seus pais que as querem criar,
por serem seres desejáveis a educar,
para aprenderem a amar com ardor.

Esses seres, depois de idosos, serão frágeis
e pelos mais novos, indesejáveis.
Ficarão sujeitos a maus tratos e desprezo.
A sua vida será penosa e arrastada,
sem ambições, e ficará para sempre marcada
por um fardo a carregar, de enorme peso.

Seres que durante toda a vida,
Não podem fugir a um ponto comum.
Sofreram à nascença e na velhice,
Com a dor do parto e da morte,
não puderam escolher melhor sorte,
é sua sina serem frágeis e (in)desejáveis.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DEUS CRIOU A TERRA...


Deus criou a Terra e a desenhou,
redonda, e a régua e compasso,
o Homem que Ele inventou,
adulterou o traço.

Deus deu à Terra vida, luz e água,
criou a Natureza e os animais.
O Homem, sem mágoa,
cometeu actos fatais,

Deus pediu humildade e sapiência,
o Homem desobedeceu,
não usou sua inteligência,
teve o que mereceu.

Deus deixou-se sacrificar na Cruz pra salvar
o Homem, que não lhe agradeceu,
sendo ingrato, ao ponto de desprezar
o sacrifício que Deus sofreu,

Deus criou o Homem e a Mulher,
pedindo para viverem em comunhão,
não passou de pura ilusão,
preferiram desobedecer.

O Homem e a Mulher não se entenderam,
confusos, não sabem quem amar,
ao ponto de não distinguirem sexos,
até se desinteressaram em procriar,
fizeram-se cegos.


domingo, 9 de dezembro de 2012

A TERRA QUE DEUS ME DEU


A Terra que Deus me deu, fica longe.
Longe em distância, perto do coração,
voltar a vê-la é meu desejo e ilusão,
pra lá voltar, vestir-me-ei de monge.

Rezarei muito pela família que lá deixei,
pelos amigos, pelos animais e natureza,
as parias e matas que nunca esquecerei,
o nascer e pôr-do-sol, de muita beleza.

A Terra que Deus me deu, me dá recados,
pede em suas mensagens, pra regressar,
respondo-lhe ter esperanças de chegar,
podendo todos rever e beijar, abraçados.

A Terra que Deus me deu, no meu coração
está guardada a sete chaves, é só minha,
viverei com ela na memória toda a vida,
foi com ela que eu cresci e criei ambição.

SABOR AMARGO


Fiquei com o sabor amargo dos teus beijos
que te recusaste a me dar.
Trinquei a língua de raiva
por me teres enganado com inverdade,
deixando-me a chorar.

Chorar não é a minha melhor companhia,
choro lágrimas secas,
pra não ter que as enxugar
e não ficar com meu lenço húmido,
por de ti me perder a lembrar.

O sabor amargo que me deixaste, é maresia,
do mar em que te tornaste sereia,
mar em que eu arrisquei de me afogar,
por de ti não me querer afastar,
vivendo momentos de fantasia.



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O NOSSO NATAL


O nosso Natal está a chegar, vem de longe,
de há muitos séculos, para ser glorificado,
adorando o Menino Jesus que nos foi dado,
p’ra nos salvar dos pecados e do medonho.

No dia do Seu nascimento, fomos resgatados,
p’ra deixar de cometer muitos mais pecados,
sabendo todos conviver em boa irmandade,
de mãos dadas, aproveitando sua bondade.

O Natal é oferta de Jesus, sem condições,
apenas nos pede para juntos o saudarmos,
à volta da mesma mesa, e o recordarmos.

O Natal é nosso para sempre com orações,
rezando pelos nossos injuriosos pecados,
p'ra não sermos n'outra vida castigados.



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

AMAR E SER AMADO



Amei muito mais do que fui amado,
não sei quem me amou de verdade,
só sei que fui muito mais desejado,
do que amado, por pura maldade.

Meu amor foi intenso e muito sincero,
tão ingénuo e arrebatador, confesso,
provocando seu desprezo, retrocesso,
que meu coração ficou sem conserto.


Tão castigado fui que deixei de amar,
desaprendi de amar, fui mal julgado,
vou reaprender a amar com cuidado.

Irei escolher a natureza, sem recear,
os animais meus verdadeiros amigos,
como eleitos para amar, os preferidos.

Soneto escrito sem rigor métrico.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

RESTOS DE MIM


Sobram restos, restos de mim,
d’um tempo passado, sem fim,
que fez de mim quem sou,
tempo que já há muito passou.

Só me resta cuidar dos restos
que sobraram, com protestos,
para não os passar a alguém
que eu estimo como ninguém

Os restos que sobraram de mim,
são histórias ricas por mim vividas,
que muita gente desejaria para si,
por terem sido por mim merecidas.

Esses restos de mim, vou gravar
nos meus inspirados versos,
para os poder a todos divulgar,
contrariando os mais espertos.



terça-feira, 4 de dezembro de 2012

NOVAS QUE NÃO CHEGAM




Ando por aqui, estou aqui, não sei até quando.
Espero por mensageiro que me trás novas,
não sei donde, não sei como.
Continuo esperando.

As novas que eu há muito tempo espero,
tardam em chegar,
é gente que não m'as quer dar,
quase desespero.

As novas que vinham com os ventos do sul,
perderam-se no ar,
foram atiradas para o mar
Imenso e azul.


Quem as achou ficou com elas para enriquecer,
escondendo a sua identidade,
por consequências más temer,
com sua infidelidade.

sábado, 1 de dezembro de 2012

JÁ PERDI AS ILUSÕES



Já perdi as ilusões que alimentei desde criança,
as ilusões se diluiram no tempo,
levadas pelo vento.

Eram ilusões de muitas cores, sabores e calores,
viviam do meu cérebro, aqueciam o coração,
eram uma satisfação.

Ainda alimentei as minhas ilusões com fantasias,
mas depressa desisti de as suportar,
passando a ignorar.

Com a idade perdi todas as ilusões, que desertaram
p'ra paragens ignoradas, do fim da Terra,
má memória de tal megera.

Hoje vivo sem ilusões, que substitui por mais paciência,
prefiro viver das realidade que abraço,
guardando-a no meu regaço.

As realidades são mais verdadeiras e minhas amigas,
não há segredos guardados entre nós,
somos unos e sós.

As realidades e a idade são a minha melhor companhia,
vivemos o dia-a-dia sem ambições,
com a bolsa só de tostões.

Vivo bem sem preocupações, por não alimentar ilusões,
desprezo as mentiras, vivo com as verdades,
detesto as maldades.









VI VER COM O IMPOSSÍVEL


É difícil mas não impossível, viver
com desgostos e alegrias,
esquecendo os desamores,
e fazer novas escolhas sem dissabores,
não receando nada temer,
ao renovar minhas energias.

Viver com o impossível é minha vontade,
não me deixar derrotar
por recusas de amores confessados,
que saberei ultrapassar,
com outros sonhos realizados.

Viver com o impossível é meu lema,
ao usar ética e honestidade,
p'ra alcançar meus objectivos,
praticando o bem e a bondade,
sem olhar a quem são dirigidos.




quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DEPOIS DA TEMPESTADE


Há-de passar a tempestade e acalmarem os dias,
Voltará tudo ao princípio,
Os maus foram derrubados dos seus pedestais,
Nada é como do início.

Indiferentes ao tempo, os apaixonados se beijam,
Curtem o seu prazer de momento,
Não pensando no que lhes reserva o futuro,
Deixam passar o vento.

Voltam dias cheios de sol e de mantos de ilusões,
Sumiram os retalhos de vidas destruídas,
O futuro é sequestrado para não se ir embora,
Não se quer esperanças perdidas.

As crianças retomam as brincadeiras rotineiras,
Inocentes e sem consciência,
Dão largas à sua inocente jovialidade,
Pedem apenas tolerância.


O MEU CORAÇÃO

O meu coração está em brasa,
Não vou deixar que se queime,
Vou pedir ajuda à minha alma
Para apagar o seu forte lume.

Todos querem matar meu coração,
Jamais vou deixar que aconteça,
Quero tratar de possível doença,
Para fazer tudo que me apeteça.

Querem ser donos do meu coração,
Não vou nunca isso permitir, não,
Preciso do meu coração para viver
E com ele escrever e ler eu poder.

Minha alma e meu coração se uniram
Para me defenderem das más pessoas
Que não me toleram e me agrediram,
E me acusaram de observações tolas.

MOMENTOS DE PRAZER



Meus momentos de prazer são meus segredos,
Não quero que toda a gente conheça,
São peças dispersas que eu juntei
Do puzle da minha longa vida
E que eu guardei.

Meus momentos de prazer estão bem guardados
No baú do sótão da minha velha casa,
São as cartas de amor trocadas
Com a minha primeira paixão,
Para não serem publicadas.

Meus momentos de prazer, são a minha inspiração,
Que me deu coragem para escrever poesia,
Contando minhas alegrias e tristezas,
À gente anónima minha amiga,
Sem qualquer tibieza.

Meus momentos de prazer é ver cada dia nascer
E o sol entrar no meu quarto de mansinho,
Sem bater à porta p'ra me ver
De sorriso nos lábios,
Para o acolher.

Meus momentos de prazer, vou guardar com cuidado,
Não vou deixar que ninguém os tome,
São só meus para o resto da vida,
São a minha felicidade,
Minha guarida.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O MEU ESPELHO


Olho para o meu espelho e vejo um rosto marcado,
com marcas de espantalho,
que andou pelas mãos dos vendilhões
do meu templo, silêncio sobrado.

Não quero crer no que vejo no meu espelho.
Vejo dias, meses e anos passados,
rostos de figurões desfocados,
gente que apareceu do cacimbo molhado.

Vieram não sei donde, parecem doutro mundo,
chegaram, não sei como,
ficaram e de tudo se acharam seu dono,
espalham cheiro imundo.

Não me quis ver por mais tempo no meu espelho,
troquei de espelho para me suportar,
pois aquele espelho quebrara a minha confiança,
da minha imagem adulterar.

NA PRAIA COM ELA

.




Tantos anos passaram com as aves que migraram,
que ainda me lembro dela, na praia.
Era morena, bela, de seu nome Aurora.
Ao por do sol, a paixão nos unia,
nada nos desunia.

Tempo que era tempo, tudo o resto era vento,
brisa do mar que nos acompanhava,
em nossos momentos de prazer,
os beijos, sabendo a sal não tinham fim,
nunca me dizia não, dizia sempre sim.

Na praia com ela, era o meu mundo,
não conhecia outro caminho,
sentia-me a navegar sobre ondas do mar,
abraçado a alguém
que eu mereci conquistar.

Um dia uma onda invejosa arrebatou-a,
levou-a de vez para bem longe,
eu fiquei perdido nas areias da praia,
sem vontade de voltar para terra,
desejando partir com ela.







POR GESTOS E SONS


Por gestos e sons falo com a minha cadelinha.
Ela compreende-me, é minha amiguinha.
Faz-me companhia no banco do jardim,
só se sente bem junto de mim.

Por gestos e sons, esqueço as amarguras da vida.
Sonho acordado, esqueço os homens,
gozo a natureza, pássaros voando,
gatos correndo e brincando.

Por gestos e sons dialogamos com as crianças,
que brincam e passeiam no jardim,
nos seus olhos brilham pérolas de esperanças,
num sonhar permanente, sem fim.

Por gestos e sons os pares de namorados nos imitam,
abraçados e aos bancos colados,
seus amores despertam e prazeres suscitam,
de olhos semi-cerrados, apaixonados.








segunda-feira, 26 de novembro de 2012

DESNUDEI-TE


Desnudei-te, fiquei deslumbrado com o que vi,
o teu corpo esbelto com pele de cetim.
Evitei tocar-te para não manchar tua pele,
tão trigueira e doce como o mel.

Tu quiseste que eu te possuísse,
porque nunca te tinhas desnudado.
Eu seria falso se te mentisse,
nunca ter sido assim tão desejado.

Não sei o que achaste em mim,
que te atraísse para fazermos amor.
Eu sou um simples idealista
que te venera com muito ardor.

Desnudei-te muitas mais vezes,
passámos momentos de sensuais prazeres.
Andámos nas nuvens a sonhar,
várias maneiras de namorar.





domingo, 25 de novembro de 2012

PELAS RUAS DA MINHA CIDADE




Vagueio pelas ruas da minha cidade,
Fico desiludido e triste.
Vejo portas fechadas, lojas vazias,
Rostos deprimidos, sem esperança,
E falta de confiança.

Cidade histórica dos Templários,
Que vem da data da fundação,
Com o castelo que D. Gualdim Pais construiu,
Dos inimigos se defendeu,
Resta a história que lhe sucedeu..

Cidade nabantina de homens ilustres,
Seus filhos, dilectos, eloquentes,
São puras lembranças do passado
Que honraram com a sua competência,
Modéstia e muita transparência.

Deparo com a minha cidade ao abandono,
Ninguém faz nada pela sua defesa,
Apenas os interesses são particulares,
Não se batem pela comunidade,
Só pensam no poder e na vaidade.

Tenho pena de não poder ser mais útil,
À minha cidade que eu adoptei,
De corpo e alma, sem condições,
À qual então me entreguei,
E nela me abriguei.

A cidade nada me deu em troca,
Antes me tirou o pouco que me restava,
Não oferece futuro a ninguém,
É uma cidade que vive dos monumentos,
Fazendo passar tormentos.

Hoje, é tarde para deixar a minha cidade,
Não quero ser cobarde como muitos,
Continuarei pela ruas da minha cidade,
A encorajar quem se achar derrotado,
A conquistar o futuro, nos Templários inspirado.



















































A PALAVRA SAUDADE



É perigoso vulgarizar esta palavra tão portuguesa,
Baluarte da nossa vida cheia, passada,
Que ouvimos como uma melodia,
De encanto e sabedoria.

A palavra saudade é única, é genuína, é patriota,
Tem pergaminhos, é defendida pelos poetas,
Que sempre a usaram com respeito,
E a defenderam a peito.

Gosto muito da palavra saudade por viver comigo,
Amando-nos com fidelidade e eternamente,
Guardando todos os meus segredos,
Fazendo esquecer degredos.

A minha vida vive de e com a saudade do passado,
Por ter com ela construído meu presente,
Tornando minha vida mais suave,
Saudade é a palavra-chave.

Todas as palavras leva-as as tempestades e os ventos,
Só a palavra saudade permanece e não me deixa,
As outras palavras são simples mentiras,
A saudade é das melhores amigas.

Da saudade do passado e do presente, projecto o futuro,
Sabendo com mais confiança o que me espera,
Sem ter de me preocupar,
Nem adivinhar.





quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ATÉ QUANDO...



Até quando vai ficar tudo na mesma e tu em silêncio,
Estiveste todo este tempo ausente, não dás notícias,
Tornaste a minha vida num inferno, grande tormento,
Crescem as minhas saudades das tuas doces carícias.

Dá-me notícias tuas pelo Facebook, vou ficar atento,
Sê sincera, diz-me o que se passa, meu desespero,
Estou a perder o ânimo, assisto ao perder de tempo,
Sofro com teu mutismo que não é leal nem sincero.

Alimento ainda esperanças de comunicares comigo,
Nem que seja numa breve e derradeira mensagem,
Dizendo-me adeus, p'ra não seres só pura miragem.

P'la tua voz não ouvir, não quero que seja castigo
P'ra eu toda a vida sofrer com o teu eterno silêncio
E perder o imteresse pelo Facebook, mau momento.




terça-feira, 20 de novembro de 2012

A LÍNGUA PORTUGUESA





O Português é língua universal e o nosso porta-voz,
Tem laços que nos ligam por nosso cordão umbilical,
Por espaços da terra e do mar, de pendor magistral,
E nos mobiliza para feitos, acompanhados e não sós.

A língua portuguesa é única e não existe outra igual,
De difícil, é como o amor, nasceu para se aprender
A falar, como os nossos poetas souberam enaltecer,
Divulgando sua riqueza e sendo a terceira Mundial.

Com a língua portuguesa escrevo tudo que eu gosto,
Sirvo-me do seu sabor para a adicionar à inspiração
Que me aflora à alma para escrever com o coração.

Com a língua portuguesa espalho meu verso suposto
De patriota orgulhoso, inspirado na nossa bela língua
Cantando tudo que engrandece sem ficar na míngua.



SAUDADE


É injusto vulgarizar esta palavra tão portuguesa,
Baluarte da nossa vida histórica, passada,
Que ouvimos como uma melodia,
Tal como uma sinfonia.

A palavra saudade é única, é genuína, é patriota,
Tem pergaminhos, é defendida pelos poetas,
Que sempre a usaram com respeito,
E a defenderam a peito.

Gosto muito da palavra saudade por viver comigo,
Amando-nos com fidelidade e eternamente,
Guardando todos os nossos segredos,
Fazendo esquecer degredos.

A minha vida vive de e com a saudade do passado,
Por ter com ela construído meu presente,
Tornando minha vida mais suave,
Saudade é a palavra-chave.

Todas as palavras leva-as as tempestades e o vento,
Só a palavra saudade não me abandona,
As outras palavras são simples mentiras,
Não oferecem garantias.

Da saudade do passado e do presente, projecto o futuro,
Sabendo com mais confiança o que me espera,
E sem ter de me preocupar,
Nem adivinhar.






segunda-feira, 19 de novembro de 2012

TAMBÉM GOSTO DE FLORES



Não sou aquilo que pensam,
Também gosto de flores,
Flores de todas as cores,

Também ofereço flores,
A quem eu mais gosto,
Sempre que posso.

Ofereço rosas, cravos e malmequeres,
Em todos os melhores momentos
Nos mais ternurentos.

Como vês também gosto de flores,
Não sou assim tão indiferente,
São os meus melhores amores.

Só ofereço flores a quem as merece,
As mais bonitas são para minha mãe,
Que as recebe no Além.

Também as ofereço a meu saudoso pai,
Para noutro mundo onde morar,
Minha gratidão testemunhar.

(IN) DEFINIÇÕES


Já não há definições,
Por falta de motivações,
Não há nada para definir,
Tudo deixou de existir.

As definições hoje são indefinidas,
Andam por aí perdidas.
Sobraram as definições inventadas,
Para não serem decifradas.

Toda a gente tenta descobrir definições,
Do possível e das invenções,
Mas ninguém compreende a razão,
De se ter perdido a definição.

O Mundo vai continuar sem definição,
Apesar da boa intenção,
De quem o quiser definir,
Que acabará por desistir.
As definições passaram a indefinições.
As definições passaram a indefimiões.

domingo, 18 de novembro de 2012

LISBOA FEMININA


Lisboa minha amada, serás sempre feminina,
Nunca cresceste, jamais passaste de menina,
Tua beleza encanta quem te conhece e visita,
És deslumbrante, acolhedora e muito bonita.

És tão feminina como as varinas e as fadistas,
As colinas, as praças, as memórias mouriscas,
As fachadas castiças, a ginjinha e as castanhas,
É o teu património valioso, tua antiga façanha.

O Tejo descobriu teus encantos, se apaixonou,
Beija-te as margens com suas águas correntes,
Aquece-te com os raios solares bem quentes.


Do alto, o Castelo de São Jorge ali se instalou
Para te defender da cobiça dos aventureiros
Que vão tentar explorar eventuais devaneios.

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PRISIONEIRO DO SONHO


Fui sequestrado pelo sonho,
fez de mim seu prisioneiro,
sentou-me no banco dos réus pra me julgar,
fui ferozmente interrogado.
Embora me considerasse inocente,
acabei acusado.

Debati-me pla minha defesa,
nunca cheguei a saber,
por que fui feito prisioneiro do sonho.
Quando acordei,
tinha comigo uma pulseira electrónica
pra me controlar todo o dia.

sábado, 17 de novembro de 2012

REVISITAR LUGARES DE INFÃNCIA



O revisitar os meus lugares de infância, é redescobrir
Tudo o que ficou p’ra trás, mas que nunca esqueceu.
Um anjo à entrada daquele belo paraíso me recebeu
E me levou ao encontro do que eu deixei sem reagir.

Homens de cabelos brancos que comigo brincaram,
Crianças que no meu rio brincavam e se banhavam,
Pássaros que saudavam com seus efusivos trinados,
Mão cheia de alegria, lágrimas e risos incontrolados.

Foi dia de festa naquele paraíso que eu reencontrei,
Onde me senti como no céu estivesse acompanhado
De anjos e pessoas naturais com que fui confrontado.

Com tudo que me foi dado revisitar, me deslumbrei,
Ainda não parti e já sinto saudades de tudo que revi,
Vou trazer comigo os abraços e beijos que não perdi.