quarta-feira, 30 de maio de 2012

A MINHA BANDEIRA


É bom voltar ao passado e ouvir o eco
Das minhas sentidas e vivas palavras,
Chegadas e devolvidas como marcas
Dos meus atos e atitudes com sucesso,

Depois de décadas passadas, elogios
Recebidos, são agradáveis de escutar,
Fazendo-me sentir sinceros arrepios,
Que eu quero com orgulho valorizar.

Antigos colaboradores se manifestam
Com palavras de apoio e de coragem,
Remetendo-me agradável mensagem.

É bom saber que há factos que restam,
Como prova do meu sincero carácter,
Que será a bandeira que quero erguer.


domingo, 27 de maio de 2012

A TEIA GIGANTE


Banido e sacudido do meu ambiente, como simples insecto,
Vim cair há 38 anos numa gigante teia,
Aonde tenho levado tareia.

Comigo, outros meus conterrâneos se juntaram à mesma teia,
Ficámos privados dos bens e liberdades,
Perseguidos pelas adversidades.

Conseguimos libertar deste calvário a nossa amada família,
Que voou para longe desta gigante teia,
Iniciando outra grande epopeia.

Dentro da teia me debato e esgravato para dela me libertar,
Esforços meus são em vão frutíferos,
Continuo junto dos aflitos.

Todos os dias mais parceiros se juntam a nós nesta teia,
Que não conseguimos destruir sem sangue,
Mas que se torna exangue.

Passei a usar o pensamento e a escrita para espalhar a revolta,
Mas tudo o que produzo cai no vazio,
Não tem o retorno merecido.

Quem ficou de fora da teia, assiste impávido e agradado,
Com o sofrimento de quem está sacrificado,
Dentro da teia amordaçado.

Com a privação do nosso património e o nosso aprisionamento,
Os oportunistas tiram partido e aproveitamento,
Reduzindo o nosso sustento.

De tanto forçarmos a teia que nos prende com agressividade,
Tenho esperança de que a teia será destruída,
E a liberdade definitiva, conseguida.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

CRISE - DOENÇA INCURÁVEL



O espectáculo é degradante, minado por esclerose,
Arrasta-se por décadas e séculos, sem tratamento,
A doença irá transformar-se em incurável artrose,
De sofrimento prolongado, com constrangimento.

Os políticos discutem os remédios para as curas,
Não chegam a acordo com as soluções adequadas,
Preocupam-se mais consigo que com as estruturas
Do País e seus cidadãos, com esperanças goradas.

Cada vez mais nos aproximamos do abismo real,
Que nos lançará na miséria, sem o nosso sustento,
Por tempo indefinido, com futuro cruel e bafiento.

A juventude desorientada deixa o seu País Natal,
Emigra para outras paragens, leva a inteligência,
Ficam os velhos desamparados, sem consistência.




PRIMAVERA FLORIDA


Chega carregada de lindas e variadas flores,
Enfeita com os seus ramos a bela natureza,
Deixa no ar mensagens de aromas e cores,
Recordações gravadas de toda a sua beleza.

A Primavera é a estação da vida e do amor,
Os namorados trocam beijos com mais ardor,
Desfrutam da natureza e fazem juramentos,
Tornam-se dependentes e muito ciumentos.

O tempo ameno vai passar, chega o verão,
Caiem as últimas chuvas nas férteis terras,
As águas correm pelas encostas das serras.

Nasce o Sol vermelho quente como vulcão,
Os pássaros voam felizes e cheios de amor,
É o Verão que aparece a escaldar de calor.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

ASSISTIR Á DESTRUIÇÃO DO MUNDO

Quero ainda viver o futuro, embora curto,
Não quero perder o espectáculo surpresa
Que o Planeta nos reserva, algo absurdo,
A disparidade entre a riqueza e a pobreza.

A Terra a secar e o tempo a se modificar,
A vida mais difícil para toda a juventude,
Tracção de forças para o Mundo eu amar,
Empurrando os malditos para seu ataúde.

Não me falte a vontade, a saúde e a Fé,
Para ajudar fazer a revolução desejada
E a Paz Universal puder ser recuperada.

O fim de tudo chegará cruel, pé ante pé,
Para nos surpreender com a destruição
De tudo que conseguimos com devoção.



terça-feira, 22 de maio de 2012

CONTEMPLANDO O MAR

Desço ao litoral para contemplar o mar. Sinto-me atraído pelas águas prateadas reflectindo os raios solares que as beijam. Uma linha no horizonte dá-me a perspectiva do misterioso e exótico que esconde para além. As ondas arrastam a maresia até à praia e fazem-me recordar o meu tempo de menino. Deliciava-me então com os banhos prolongados nas águas quentes da baía de Cabinda. Numa pequena corrida esgueirava-me de casa, atravessando a Rua do Comércio para a praia, cuja maré cheia, encorajada pelas calemas, beijava toda a linha de terra que circundava a baía. Naquele tempo, as torres de petróleo eram as canoas e jangadas de toros de madeira que os rebocadores puxavam para os navios ancorados longe da costa. Já se falava no porto de águas profundas, mas foi e é um sonho que continua a perdurar no imaginativo dos Cabindas. A ausência do porto é um vazio como se faltasse ar para respirar aos patrícios da minha terra. Seria oxigénio que iria revigorar toda a economia de Cabinda, imprimindo-lhe a energia e vigor necessários ao progresso e melhoria da qualidade de vida. O ruído estridente de um avião a jacto, em voo razante à praia faz-me despertar para a realidade. Apercebo-me então que eu tinha estado absorvido a contemplar um quadro desactualizado que teve a sua época dourada. Sinto-me bem a viver esta realidade, apesar de me tornar egoísta por os meus descendentes não poderem desfrutar também de tal benesse.

HISTÓRIAS QUE FICAM POR CONTAR

Muitas histórias da minha vida ficam por contar,
Não as conto porque não seriam do geral agrado,
Vão ficar em livro no meu baú, no sótão guardado,
Até alguém achar que as deve ao público revelar.

As histórias que ficam por contar são verdadeiras,
São da minha vida, as mais curiosas e dramáticas,
Vividas em todas as idades, foram companheiras,
Nas fases mais difíceis de soluções problemáticas.

Valeu a pena ter vivido aqueles momentos difíceis,
Momentos da adolescência, descoberta de amores,
Com alegrias e desgostos, sem quaisquer temores.

Os sacrifícios foram muitos, ousados e terríveis.
Foram superados com coragem e muito trabalho,
Para evitar que meu nome ficasse enxovalhado.


sábado, 19 de maio de 2012

PORTUGAL A JOGAR PARA GANHAR


Portugal vai ao Campeonato Europeu para ganhar.
Tem os melhores jogadores do Mundo,
Que melhor sabem jogar.

Portugal vai mostrar e deslumbrar todo o Mundo,
Com o seu incomparável valor a jogar à bola,
Com muita Fé e Amor profundo.

Nossos jogadores são por todos respeitados,
Pelo seu talento e técnica apurada,
Deixam os seus competidores despeitados.

Os petardos do Ronaldo vão derrubar os tanques
Alemães e as fintas e centros do Nani,
Tornarão permeável a defesa, aos seus arranques.

Moutinho e Veloso farão passes rápidos e certeiros,
Servindo seus companheiros dianteiros,
Que actuarão como bombardeiros.

As trincheiras serão fortes e intransponíveis,
Com Patrício, Pepe e Bruno Alves,
Atentos, valentes, firmes e indestrutíveis.

Dinamarca e Holanda irão tremer de receios,
Da nossa poderosa seleção os vencer,
E seguir em frente sem ficar pelos meios.

O comandante Paulo levará as tropas à vitória,
Trazendo para o Nosso Portugal,
O título Europeu que ficará para a História.

Portugal vai mostrar ao Mundo o seu Real Valor,
Com valentia, galhardia e muito mérito,
Honrando o seu hino e a sua bandeira multicolor.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

INVERNO GELADO


O inverno chega silencioso e gélido,
Penetra em casa e no nosso corpo,
Revela-se agressivo e assaz pérfido,
Sem chama, queima e causa danos.

O inverno é penoso, difícil de passar,
Faz viver o Natal com autenticidade,
Recebe o Menino Jesus para adorar,
É a estação da grandeza e verdade.

O inverno parece não chegar ao fim,
Arrasta-se lento e bastante gelado,
Com seu percurso quase terminado.

Depois de cumprir com a sua missão,
Vai-se diluindo no tempo por um ano,
Para regressar e causar maior dano.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

OUTONO CINZENTO


As manhãs nasceram cinzentas e húmidas,
As árvores despiram-se das folhas caídas.
As aves voaram para longe, autodirigidas,
As pessoas, de reais, passaram a múmias.

Perdem-se esperanças, caíram projectos,
Da família, restam saudades e os afectos,
Longe, desfrutam outras oportunidades,
Aproveitando climas e outras realidades.

O tempo não acaba de vez com o Outono,
Outras estações se seguirão, mais amigas,
Que relançarão a vida para melhores dias.

Com o Inverno, não me sinto ao abandono,
Vivo à espera do sol quente da Primavera,
Para no Verão me aquecer como desejara.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

AMOR RECUSADO


Rosto angélico, cabelo solto, olhos doces,
Ombros descaídos, nariz arrebitado, peito
Arfante, lábios sensuais, de corpo esbelto
E sedutor, era a mulher dos meus sonhos.

A ela fiquei rendido sem coragem e tímido,
Para lhe confessar como tanto eu a amava,
Com a retribuição do carinho que esperava
E que eu gostaria que me fosse prometido.

Implorei que me concedesse o seu amor,
Ela mais uma vez recusou o meu pedido,
Disse-me ter seu coração comprometido.

Fiquei chocado ao saber que a linda flor,
Por quem eu me apaixonara, esmorecera,
Acabando sua vida desprezada e solteira.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O MEU FADO EM PALAVRAS


O meu fado não tem música, só tem letra.
Letra escrita com muito suor e lágrimas,
Lágrimas amargas da minha vida sofrida,
O meu fado ficará gravado em estatueta,
Para eternizar o meu nome e as chagas,
Que me deixaram no coração uma ferida.

Não tenho voz nem sei cantar a música,
Que devia acompanhar meu fado escrito,
Minha voz faz ouvir bem alto minha letra,
Dos meus queixumes, da minha tortura,
Gritarei para todos ouvirem, não desisto,
A minha voz do meu sofrer será estafeta.

Acompanho meus lamentos com fadistas
Que me cantam fados que não sei cantar,
Fados que me fazem sentir maior prazer,
Para minhas letras serem melhor escritas,
Os guitarristas põem as guitarras a chorar,
Solidários comigo no sentir do meu sofrer.

Tenho pena de meu fado não saber cantar,
Não tenho voz, nem vocação para musicar,
Já cumpri meu fado, o tempo mal me tratou,
Fazer o que eu mais queria não me deixou,
Estudar mais e aprender música inspirada,
Era meu maior desejo para ser relembrada.

domingo, 13 de maio de 2012

MENTIRAS


As mentiras são muitas e maldosas,
São verdades disfarçadas de ódios,
Insensatas, são terríveis, injuriosas,
Tratam as pessoas como pacóvios.

As mentiras tornaram-se vulgares,
São verdades que não se contam,
Só te deixam triste, a te torturares,
De tantas mentiras que te lançam.

Quem mente tem sucesso na vida,
Não havendo alguém a desmentir,
Com receio de desgostos a atingir.

Assim, sendo a mentira tão fingida,
Acaba por ser bem desmascarada,
Passando à verdade, tão desejada.




quarta-feira, 9 de maio de 2012

DESLUMBRAMENTO

 SONETO DEDICADO ESPECIALEMTE
À JUVENTUDE

A vida é de um constante deslumbramento.
Ficamos deslumbrados com os momentos
Bons ou maus que passam por tormentos.
Ou por alguma surpresa e contentamento.

Ficamos deslumbrados por tudo e por nada,
O deslumbramento faz parte da nossa vida,
Por vezes deixa-nos a nossa vista toldada,
Sem explicações e a viver na maior dúvida.

Não sei como esquecer o deslumbramento,
Perigosa e louca tentação que me assedia,
Para me humilhar sem qualquer assimetria.

Vou resistir com coragem ao seu vil intento,
Ao desvalorizar a sua acção de crueldade, 
Encarando a vida com toda a naturalidade.


terça-feira, 8 de maio de 2012

ENTRE A LUZ E A SOMBRA


Vivo entre a luz e a sombra, hesitante,
Se a luz me iluminará o meu caminho,
Se vai ser a sombra minha dominante,
Vou pedir ao Sol e à Lua seu carinho.

Entre a luz e a sombra, escolho a luz,
Ela orienta com razão o meu destino,
É ela que me dá coragem e me induz,
A decidir sobre meu futuro com tino.

A luz sobrepôs-se à sombra e brilhou,
Dando à minha vida maior esperança,
Enquanto a sombra foi desesperança.

A luz meus projetos de vida suscitou,
Incutiu-me coragem para reciprocar
O património material pelo familiar.


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segunda-feira, 7 de maio de 2012

O MEU SILÊNCIO


Troco palavras com o meu silêncio
Confesso-lhe as minhas tristezas.
Peço-lhe ajuda para as incertezas
Que me deixam um grande vazio.

O silêncio é o meu melhor amigo,
Faz-me companhia a toda a hora,
É com ele que eu sinto incentivo
Para me defender da má desonra.

Já combinei com o amigo silêncio
Assinarmos um pacto até à morte,
Para continuar a usufruir da sorte.

Pedi ao silêncio, segredo de amigo,
Para as confidencias que guardo,
Porque em ninguém, então confio.



domingo, 6 de maio de 2012

MÂE


Nome tão pequeno para uma mulher tão grande,
A nossa mãe foi e é a razão da nossa existência,
Para nos criar usou de muito amor e inteligência,
Bendita mãe que para nós foi muito importante.

Jamais devemos esquecer a nossa mãe bendita,
Obrigados a guardá-la sempre no nosso coração,
Sem lhe causar nenhum desgosto ou desilusão,
Esteja onde estiver que não seja a sua desdita.

Neste dia que lhe pertence, devemos comemorar
A memória da sua grandeza e da sua bondade,
Sua sabedoria, sua entrega, sua generosidade.

Ninguém saberá como a nossa mãe, assim amar,
Até morrer ela nunca deixará de nos sensibilizar,
Para os problemas delicados da vida a valorizar.





sexta-feira, 4 de maio de 2012

FICA COMIGO


Não me deixes, fica comigo, preciso de ti,
Sabes quanto és importante na minha vida.
Esqueces o amor que te dei e nunca menti.
Tudo que me deres é retribuição merecida.

O que tenho para dar é o meu grande amor,
Que ainda guardo para ao vivo to entregar
Pois quero abraçar-te para sentir teu sabor,
Cheirar teu corpo e teus cabelos acariciar.

Fica comigo é o que com humildade peço,
Quero que sejas minha eterna companhia,
Para que a nossa vida comum nos sorria.

O tempo ainda espera pelo nosso sucesso.
Mostremos que ainda nos amamos a sério,
Para negarmos a ilusão do nosso mistério.




quinta-feira, 3 de maio de 2012

PARTIR E FICAR



É tão penoso partir como ficar com lágrimas,
Há quem parta sem avisar, para não regressar,
Há os que são obrigados a partir por emigrar,
Os que ficam, passam a recear ver fantasmas.

Partem as pessoas de quem muito gostamos,
Que foram valorosos e deixaram memórias,
Dos que não voltam, com dor nos lembramos
Daqueles que emigraram, com suas histórias.

Sabemos que um dia também iremos partir,
Deixando saudades a quem na Terra ficar,
A sofrer as penas da vida difícil de suportar.

Partem uns, outros ficam, é impossível fugir,
Desse destino que Deus nos deu como sina,
Da vida confusa e duvidosa mal conseguida.





quarta-feira, 2 de maio de 2012

TOMAR - O RETROCESSO DE UMA CIDADE


Conheço há seis décadas a cidade aonde vivo,
Uma bela terra carregada de história e encanto,
Perdeu sua maturidade, tornou-se desencanto,
Está desgovernada e sem o rumo certo exigido.

Perdeu comércio, indústria, turismo, interesse,
Corre o risco de perder muito mais património,
Como a sua gestão camarária não merecesse
Uma mudança radical, não deixando um vazio.

O momento presente é de profunda e real crise
Obrigando os seus filhos a deixarem a sua terra
Para evitarem passar a vida, na mesma miséria.

Nesta cidade o tempo parou e a dúvida subsiste,
Se irá sofrer a grave crise por prolongado tempo
Ou se voltarão bons dias sem constrangimento.






terça-feira, 1 de maio de 2012

A ÚLTIMA OLIVEIRA


Quando o meu olhar se dirige para as traseiras do meu prédio,
Uma imagem triste me fica na retina,
É todo o cimento e ferro,
Que substituiu a campina.

Uma oliveira ficou isolada e triste, sem as suas companheiras,
Que foram por interesses destruídas,
Desfigurando as traseiras,
Com casas erguidas.

Hoje são tantos os prédios como eram as trágicas oliveiras.
Tenho saudades dos seus ramos floridos,
Dos frutos com vigor produzidos,
Vidas derradeiras.

Como homenagem às ditosas oliveiras, foi espalhada relva,
Único consolo para quem aprecia a natureza,
Curtos passeios de prazer e beleza,
Para esquecer a moderna Selva

Muitos passantes apressados, absorvidos com os seus problemas,
Moradores com seus caninos de estimação, à trela,
Curiosos espreitando pela janela,
Muitos dilemas.

Só e abandonada, aquela oliveira que foi poupada à exterminação,
Assiste receosa de ser vítima do que se passa,
De quando em vez um cão a mal trata,
Com a sua micção.

Os dias passam e a última oliveira lá continua como monumento,
Devo-lhe respeito porque é mais velha que eu,
Com a sua firmeza serve de exemplo,
Para quem já sofreu.

CONFISSÕES DE UM PECADOR


Por tudo de errado que fiz, eu me confesso,
Sei que a minha vida não é assim inocente,
Como pecador, o devido castigo eu mereço,
Não posso encarar a vida assim, displicente.

Por falta de humildade, alguns pecadores
Não confessam os seus pecados a Deus,
Preferem continuar a pecar sem temores,
Adiam a confissão para o derradeiro adeus.

Não sei distinguir com clareza, o pecado
Do que parece ser a verdade e inocência,
Tudo resulta de confusão e transparência.

Todo o pecador tentará se manter calado,
Até ao último momento para se confessar
Julgando convencer Deus a não castigar.