sexta-feira, 6 de junho de 2014

CENTRO DE GRAVIDADE



CENTRO DE GRAVIDADE

Mudaste do meu centro de gravidade,
Gravitas agora noutra órbita,
Passaste a satélite, espias meus actos,
Lês o que escrevo, são factos
Que eu relato com verdade e muita dor,
Por ter perdido o meu amor.

Por estares longe, minha imagem é má,
Não traduz a qualidade,
Que é boa, tanto como a minha verdade,
Nunca desmentida,
Por mim provada e que é desconhecida,
Em que estás comprometida.

Quando te tirarem da tua falsa órbita,
Verás que eu tenho razão,
Nem tudo é verdadeiro, pura ilusão,
Usarás da tua memória,
Para descobrires que foste enganada,
E agora não vales nada.

Quando o centro de gravidade se desloca,
Corre-se grave risco, o ar rareia e sufoca.

Ruy Serrano - 06.07.2014, às 22:35 H

domingo, 1 de junho de 2014

NÃO ÉS A MESMA LISBOA

Que é feito de ti, não és a mesma Lisboa,
Desde que te deixei que és muito vaidosa,
És mais cosmopolita e tão pouco bairrista,
Deixaste de ser a Lisboa amada d'outrora.

Viraste costas ao rio e aos miradouros,
Trocaste a tua história pelos mexericos,
Foste vencida agora por outros mouros,
Que te provocaram vícios tão malditos.

Deixaste de ser a Lisboa casta e desejada,
Passaste a ser a Lisboa dos estrangeiros,
Comprometeste teu futuro, minha amada,
Vendeste teu corpo, tenho meus receios.

Ainda tens tempo para emendar teus erros,
A tua longa e valiosa história assim merece,
Dessa modernidade e tentações, esquece,
Volta para os meus braços amigos e veros.

Ruy Serrano - 01.06.2014, às 10:00 H