terça-feira, 29 de março de 2016

SALÁRIO MAGRO

SALÁRIO MAGRO

Vivo com um salário magro, ando triste,
Farto-me de trabalhar, mas não desisto,
Pra quê reclamar, se não sou escutado,
Quanto mais protestar, mais maltratado.

Meu salário mal dá para comer, é igual
À pensão de muita gente que trabalhou
A vida inteira e agora vive na miséria,
É a exploração do homem pelo homem.

Com este salário magro, não sei viver,
Sou obrigado a aprender a muito odiar,
Vou fazer um sacrifício e tudo ignorar,
Para represálias não vir ainda a sofrer.

Muita gente ganha salários como eu,
Pouca gente ganha grandes salários,
São os exploradores dos mais fracos,
Fazem das pessoas eternos lacaios.

Salário magro como o meu, é vulgar,
Arrisco a dizer que um dia mais tarde
Tudo irá mudar e o salário será igual
Pra toda a gente, será assim tão fatal.

Ruy Serrano - 30.03.2015

segunda-feira, 28 de março de 2016

TENHO-TE EM MIM



TENHO-TE EM MIM

Estás em mim a todo o instante,
Não te quero perder num tempo
Em que mais preciso de ti, aqui,
Este é o meu melhor momento.

Tenho-te em mim, o teu corpo,
Juntou-se ao meu, numa noite
De volúpia de prazer, de amor
Que vivemos com muito fervor.

Ainda vem longe o amanhecer,
Nós acordados, numa entrega
Total, saboreando o nosso ser
Com os pecados sem espera.

Tenho-te em mim, no meu ser,
Nele encontraste o teu refúgio,
Sei que comigo sentes prazer,
Duvido se usas de subterfúgio.

Tenho-te em mim para sempre,
Condenados estamos em viver
Ligados pelo nosso único ser,
Somos pão do nosso fermento.

Ruy Serrano - 28.03.2016



sábado, 26 de março de 2016

UM PASSO DE DANÇA


UM PASSO DE DANÇA

A minha vida passa por um passo de dança,
Umas vezes para a frente, outras para trás,
Passo a vida a dançar, estas danças da vida,
Que me são impostas por esse tal satanás.

Danço a vida com anjos, mas o Diabo entra
Na dança e faz-me trocar o passo, ao ritmo
Que me faz dançar com prazer e elegância,
Faço por ignorar o Diabo e a sua arrogância.

Ando nesta vida, nesta dança há muitos anos,
Já sei as danças de cor, mesmo assim troco
O passo bastantes vezes, não é por engano,
É porque o Diabo se intromete no meu tango.

Já quis parar de dançar, mas a minha atração
Pela dança é tal, que não a  posso abandonar,
Ela é a minha melhor companhia, a adoração
Que tenho por ela me obriga a dela eu gostar.

Aprendi nesta vida todos os tipos de dança,
Umas mais lentas, outras um tanto mexidas,
As que eu danço melhor, são certas valsas,
São as de maior elegância e mais divertidas.

Chegou tempo para parar de dançar, cansei,j
Vou o meu corpo deixar por agora descansar,
Meus herdeiros que dancem agora por mim,
Eu já cumpri o meu dever, vou me reformar.

Ruy Serrano - 27.03.2016



segunda-feira, 7 de março de 2016

POEMA SEM NOME

POEMA SEM NOME

O poema saí-me das entranhas,
Como o sangue que me corre
Nas veias, quente e com ritmo,
Escrito com paixão, e instinto.

Este poema que agora escrevo,
Foi pensado durante esta noite,
Para oferecer aos meus leitores
Que são meus amigos maiores.

É um poema sem nome e tema,
Que escrevo ao correr da pena,
É solto e natural, sem retoques,
Não tem silicone nem botoques.

O poema é filho da minha criação,
Seu parto é breve e sem me doer,
Porque foi feito com calor e amor,
Numa noite de vigília, com prazer.

Ruy Serrano - 07.03.2016