Crónica
Tornou-se muito vulgar e
moda tratar os cidadãos por pessoas. Fico com a ideia que o propósito deste
tratamento advém de se pretender distinguir as pessoas dos animais, embora as
pessoas também sejam conduzidas em rebanhos pelos seus pastores ao serviço dos
seus donos. Nega-se assim o direito que essas pessoas têm de ser consideradas
cidadãos.
Num regime democrático pleno,
há lugar à cidadania exercida livremente pelos cidadãos que lhes permite
fazerem as suas escolhas preferidas. Assim, em todos os actos de candidaturas a
lugares políticos e públicos, deveriam as propostas partir dos cidadãos para os
elegerem e não o contrário em que são os auto candidatos que se propõem a si próprios
como actos consumados.
Deixa assim do cidadão
poder participar da discussão de temas de relevante importância. Esta é a razão
principal por que a democracia não funciona, impossibilitando a aplicação
prática e eficaz das leis e directivas mais apropriadas. Como consequência final
dá-se o colapso total da organização e progresso do País com difícil e longo
período de reversão.
Ruy
Serrano – 29.03.2017