
Transformei-me em ave migratória,
Para voltar a África que me espera,
Voei por terras de feitiço e memória,
Voltei à saudosa terra onde nascera
Disfarçado de pássaro de arribação,
Ninguém me reconheceu pousado,
No telhado da minha ex-habitação,
De que fui forçadamente espoliado.
Vi figuras estranhas e misteriosas,
Entrarem e saírem da minha casa,
Homens e mulheres, grande farra.
Vestuários de luxo e festas ruidosas.
Regressei frustrado, batendo as asas,
Deixei penas e lágrimas derramadas.
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