De velas ao vento navega a minha nau,
Leva consigo a carga preciosa da vida
Que eu vivi veloz, atrás daquele sinal,
Que Deus enviou cheio de luz garrida.
Com a força do vento segue a rota certa,
À procura de bom porto para me deixar,
Infeliz fiquei por não ter a porta aberta,
Tive de contrafeito, à origem regressar.
A nau deixou de navegar por não ter rota,
E o vento ter mudado para outra direção,
Destruindo minha esperançada ambição.
Deixei de navegar, sobrevivo numa ilhota,
A minha nau naufragou por falta de vento.
Corro sério perigo de não ganhar sustento.

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