
(Versos sem rimas, mas sentidos)
Rio das minhas memórias, de tamanha grandeza,
És o sétimo maior do nosso Mundo,
Banhas terras férteis,
Do berço do Homem.
Vives em África.
Nasceste nas Montanhas do Vale do Rift, na Zâmbia,
Onde foste batizado de Lualaba,
Desceste à floresta e à planície,
Passaram a chamar-te Congo,
Na Foz és o Zaire.
As tuas águas quentes de muita força e volume,
Regam as imensas terras produtivas,
Repartes a beleza e os cheiros,
Das margens que abraças,
Com sedutor mistério.
Visitas grandes países de África, também Angola,
Misturas-te com as praias de Cabinda,
Perdes a tua castidade com o petróleo,
Que te espera na porta de entrada
Do oceano Atlântico.
Não esqueço o barulhar da tua poderosa corrente,
O arrastar dos aromas das tuas margens.
Do teu assédio à fauna e flora,
Que te rodeia e é impotente,
P´ra te evitar.
Foi para mim marcante, quando tu me aceitaste,
No teu dorso forte e possante,
Permitindo que eu atravessasse,
As tuas margens distantes,
P´ra Cabinda alcançar.
Das minhas memórias que guardo de África,
A par da minha abençoada Cabinda,
Tu és a minha rainha, sem coroa,
Com a monarquia substituída,
P´la Republica falida.
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