
Nunca mais me esqueço da minha última viagem,
Uma viagem de barco, de chegada sem regresso.
Ao atravessar o Equador perdi o meu retrocesso,
A minha vida sofreu injustamente uma paragem.
A minha paragem foi forçada, em terra estranha,
Nunca eu mais me reencontrei, aportei à deriva,
Depois d’ a minha vida ser adiada e interrompida
E não me ser permitido encetar nova campanha.
Longe da minha terra passei a atento observador,
De tudo me apercebi, do melhor e do pior que vi
Achei que a vida deixou de ter sentido para mim.
Não mais tive a oportunidade de ser bom mentor,
Fui injusta e eternamente de tudo subalternizado,
Restando-me a família como conforto desejado.
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