domingo, 10 de janeiro de 2021

SÓ NO PARQUE

  




Sentei-me num banco do parque,

Com minha máscara, companhia

De que eu prescindir não podia,

Se o fizesse seria um desastre. 


O codivirus à minha volta sentia,

Na mira de talvez poder atacar,

O sol protegeu o meu bem estar,

Aqueceu-me durante todo dia.


Só eu mais ninguém ali estava,

Minhas lembranças recordava,

Quando ainda nada se temia.

Desfrutar daquele banco podia.


Apenas os canídeos da relva

Se serviam para se aliviarem,

Com seus donos passearem,

Mastigando alguma da erva.


Os namorados por temerem

Correr o risco de contágio,

Optaram por se recolherem,

Em suas casas, belo solário.


Continuei só com memórias

Do tempo bom ali passado,

Quando criei minhas histórias

Que então houvera publicado.


Dirijo o último olhar ao parque,

Continua deserto, sem a vida

Buliçosa que era a sua magia, 

Como se fosse uma bela arte.


Ruy Serrano - 10.01.2021