quarta-feira, 27 de junho de 2018

ARDEM OS MEUS LÁBIOS

Ardem os meus lábios, 
Não por ausência dos teus beijos,
Ardem por eu os morder,
E tu os ignorares, meu padecer.

Sedentos andam os meus lábios,
Dos teus beijos húmidos,
Beijos desejados e muito sábios,
Quentes e tão sisudos.

Ardem os meus lábios,
Fogo que não consigo apagar,
Olhas-me de soslaio,
Não me queres assim ajudar.

Deitas achas para a fogueira
Que queima meus lábios,
Cometes uma grande asneira,
Tua atitude não é de sábio.

Uma fagulha vou enviar-te,
Para me vingar do teu proceder,
Quero vê-la a queimar-te,
Para como eu também sofreres.

Ruy Serrano - 27.06.2018





terça-feira, 26 de junho de 2018

VIRAR DE PÁGINA

Chegou o momento do virar de página,
Para outros episódios da vida escrever,
De amores que inda espero poder viver,
E que não vivi antes como eu desejava.

O virar de página é inevitável, iniciará
Um novo capítulo da minha longa vida,
Cheia de surpresas, e tudo recomeçará,
Como se fosse a descoberta de magia.

Outra poesia, outros contos e crónicas 
Escreverei com uma maior inspiração,
Com muitas sílabas sonantes e tónicas,
E o sentir da alma e o bater do coração.

Ainda há muitas páginas para escrever,
Assim não me faltem tantos motivos
Como o viver mais anos com prazer,
Na companhia dos amigos sobrevivos.


Ruy Serrano - 26.06.2018

NO CALOR DA NOITE

À luz acesa do luar, sinto o calor da noite,
Que me aquece e me deixa apaixonado,
A amar com intensidade, gosto saboreado,
De te ter nos meus braços, ousado e afoito.

No calor da noite, desfruto do céu azul
Salpicado de estrelas, renda arrendada
De mil pontos e matizes vindas do Sul,
Da minha liberdade que me foi roubada.

É no calor da noite que eu me reinvento,
Do passado que já não volta e relembro
Por ter sido refúgio da minha existência,
Nesta vida longa de bastante influência.

No calor da noite quero ter-te nos braços,
Pra acariciar teu corpo, beijar teus lábios,
Sonhar com o nosso futuro sem receios,
Sem ligarmos aos muitos ciúmes alheios.

Ruy Serrano – 26.06.2018

domingo, 24 de junho de 2018

O PULSAR DA VIDA

Sinto o pulsar da vida que nos toca,
Pássaros a voar, peixes a nadar,
Pessoas que se abraçam e odeiam,
Nada me surpreende, meu lamentar.

O pulsar da vida não pára, está vivo,
Só não o sente quem é indiferente,
Sou sensível a este meu sentimento,
Que não desprezarei este momento.

Tudo pulsa nesta Terra, sinal de vida,
Seres vivos que ateimam em usufruir
Do dom que Deus um dia lhes deu,
Em que se fez luz e acabou o breu.

O pulsar da vida é caso indiscutível,
Acabar com ele não será possível,
Enquanto na Terra a matéria existir 
Viveremos até podermos coexistir.

É motivador sentir o pulsar da vida,
Sinal de que estou vivo e desperto
Para tudo que me acontece de bom,
É como manter o meu melhor tom.

Ruy Serrano - 25.06.2018




sexta-feira, 22 de junho de 2018

LISBOA DOS MEUS OLHOS

LISBOA, menina dos meus olhos, 
Anda, sai à rua, vem comigo desfrutar
Das ruas, travessas e miradouros,
Ouvir os alfacinhas a dirigir piroupos,
Às fadistas e varinas, tão castiças,
Que se fazem passar por mestiças.

Anda, dá-me o teu braço, vamos ao rio,
Ver os cacilheiros a navegar,
As gaivotas fazendo piruetas no ar,
Vamos percorrer a cidade,
A parte velha e a actual realidade,
Fazendo reviver a nossa mocidade.

Lisboa, não te vás ainda deitar,
Vale a pena ver o casario iluminado,
Às esquinas pares a namorar,
Um fado numa tasca bem cantado,
Por uma voz de fadista, castiça,
À luz da lua que se esconde, mortiça.

Adeus Lisboa, até amanhã, outro dia
Que se repetirá sempre como magia.

Ruy Serrano - 22.06.2018



terça-feira, 19 de junho de 2018

NÃO JOGAMOS A TOSTÕES

Somos milhões,
Não jogamos a tostões.
O objectivo é ganhar,
O adversário ultrapassar.

Não vamos facilitar,
Somos profissionais,
Queremos ganhar,
São desejos naturais.

Ronaldo e companhia,
Fazem parte do exército,
Que com pontaria,
Vão fuzilar com mérito.

0 jogo com Marrocos
Será decisivo,
Nāo é jogo de tremoços,
É mais que isso.

O último com o Irão,
Será o corolário duma missão
Em que Portugal os investiu 
Para conquistar o Mundial.

VIVA NOSSO PORTUGAL,
GANHAR É NATURAL

Ruy Serrano - 19.06.2018



sábado, 16 de junho de 2018

DO CÉU CHOVERAM LÁGRIMAS

Lágrimas amargas choveram do céu,
Eram lágrimas choradas pelos meus,
Por terem partido tão cedo da vida,
Sem saberem porque aconteceu.

Essas lágrimas traziam mensagens,
Dando-me coragem para enfrentar
Os obstáculos da vida, e sobreviver,
A um permanente e terrível sofrer.

Guardei as lágrimas que chegaram,
Num pote de recordações perdidas
Para serem relembradas nos dias
Mais difíceis que ainda sobraram.

Muitas lágrimas choveram amargas,
Não tiveram piedade do meu viver,
Nem sequer a pena do meu sofrer,
Fiquei como um navio sem amarras.

Com as lágrimas que ainda sobraram,
Escrevi crónicas e muita linda poesia,
Que ofereci aos meus bons amigos,
Que me estimam com muito carinho.

Ruy Serrano - 17.06.2018



quarta-feira, 13 de junho de 2018

O BRILHO DO TEU OLHAR

  
Esse brilho do teu olhar que me ilumina,
É o espelho da minha alma, meu guia,
Que me leva ao meu Mundo de magia,
E meu coração de carinho me domina.

O brilho do teu olhar atravessa o céu,
Vem ter comigo e ilumina minha vida
Que sustenta tudo o que é meu e teu,
Enquanto eu ainda bem viver consiga.

Mantém vivo esse brilho do teu olhar,
Pra meu espírito e sonhos conservar,
E me dar prazer em mais anos viver,
Retardando meu inevitável envelhecer.

O brilho do teu olhar é a razão de viver,
Com os meus sonhos mais desejados,
De bonita poesia ainda poder escrever,
Com melhores temas e versos focados.

Ruy Serrano - 13.06.2018

segunda-feira, 4 de junho de 2018

O FUTURO AINDA ESTÁ PARA CHEGAR

Estou à espera do futuro, não tenho pressa,
Não é que desfrutar do futuro não apeteça,
O futuro traz muitas surpresas e incertezas,
Prefiro aguardar o futuro com mais certezas.

Guardo o passado com muito mais interesse,
Do presente há um maior e tal desinteresse,
Por assistir a fenómenos duma humanidade
Que só vive bem com guerras e crueldade.

Viver o presente é pois o meu maior desafio,
Sinto por vezes minha vida presa por um fio,
Sem poder evitar o desfecho de situações,
Que me provocam fortes dores de emoções.

Não poder valer ao impedimento de ataques,
Desferidos por detratores e caçadores à solta,
Que desferem seus golpes de muita afronta,
A inocentes desprotegidos sem regra e conta.

Resta a esperança do Mundo ainda mudar,
Para a vida com mais ânimo eu confrontar,
E assistir a uma Paz duradoura desejada 
Por todos que sofrem com vida sacrificada.

Ruy Serrano - 04.06.2018



sexta-feira, 1 de junho de 2018

APAGAR PARA NÃO RECORDAR

Vou apagar as minhas memórias,
Para não sofrer a recordar,
São muitas histórias,
Para enterrar.

Eram boas e más histórias vividas,
Que custaram muito a passar,
Serão assim esquecidas,
Para não recordar.

Hoje há outras histórias verdadeiras
Que merecem muita atenção,
Para não terem a tentação,
De formar teias.

As histórias de hoje são inventadas,
Nāo naturais como eram antes,
Viviam em camas separadas,
Hoje são amantes.

Vou apagar para não mais recordar
O que se passou de muito mau,
Eram momentos de recear,
Ao pisar um falso degrau.

Apagar para não recordar é prioritário,
Quero um fim de vida pacífico,
Para não ser um safardario,
E evitar um hospício.


Ruy Serrano - 01.06.2018