sábado, 30 de novembro de 2019

CAI A NOITE...

Cai a noite de mansinho,
Nasce a lua devagarinho,
Os namorados se beijam,
Os velhotes se queixam.

A noite vai ser mui difícil 
De passar, sem ressonar,
E sonhar com esta vida,
Repleta de tanta magia.

O sono ausente, é esquivo,
Tomou conta desta noite
Que é sua e não é minha
Triste destino, tão má sina.

Bem me esforço por dormir,
O sono não me quer chegar,
Foi para longe afim de curtir
Uma outra noite do seu amar.

Cai a noite, vem e vai sem eu
Dar por ela, que nada me deu,
Apenas o despertar tão falso,
Como cabeça num cadafalso.

Cai a noite, chega então o dia,
E nada de bom me aconteceu,
Apenas a ambição frustrada,
Do que mal nasceu e morreu.

Ruy Serrano - 31.11.2019



sexta-feira, 29 de novembro de 2019

A MARATONA DA MINHA VIDA

A minha maratona é muito longa,
Já percorri oitenta e quadro kms.
Não sei quantos mais vou correr,
Só sei que tem sido de mui sofrer.

Fiz várias paragens para festejar
As várias etapas da minha vida, ,
Comecei a correr com amigos,
Foram momentos bem vividos.

Passei a correr com minha mulher,
Seguiram-nos mais tarde os filhos,
Acompanhado custa menos correr,
Vamos falando para ignorar perigos.

A meio da maratona juntaram-se 
Os netos, que deixaram de correr
Para seguirem as suas maratonas,
Fiquei apenas com a minha mulher.

Hoje ainda corro apesar de cansado,
Mantendo o meu fôlego para cortar 
A meta que em breve estará à vista,
Dando por cumprida minha missão.


Ruy Serrano - 30.11.2019

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

SEMPRE EM FRENTE

Vou sempre em frente, não desisto,
Nasci para seguir em frente,
Ha oito décadas insisto
Não sou desistente.

Ir sempre em frente é o meu destino,
Contra todas adversidades,
Feliz e útil eu me sinto,
Boas oportunidades.

Meu lema é ir sempre em frente, dia
Último chegará mais tarde,
Agora é viver a vida,
Sem ser cobarde.

Meus pais me ensinaram ao nascer,
Que teria uma vida de prazer,
Se seguisse em frente,
Sem ser temente.

Segui os conselhos de meus pais,
Segui o caminho indicado,
Fiquei por ele encantado,
Não andei aos ais.

O meu caminho ainda é muito longo,
Para nunca mais chegar ao fim,
A vida é mesmo assim,
Faz de mim sonso.

Ruy Serrano - 29.11.2019


POESIA MEU AMOR

Poesia meu grande amor,
Sem ti sofro grande dor,
Preciso de ti para respirar,
Para viver e muito amar.

Nasceste comigo há muito,
contigo e dediquei
A ti meus bonitos poemas,
De muitos e vários temas.

Tu és o meu maior amor.
Para além de minha mãe
Que é o maior, inspiração,
Para rezar bonita oração.

Poesia meu amor, os ciúmes
Que têm de ti são bastantes,
Para me odiarem e agredirem,
Com palavras em instantes.

Poesia meu amor, não desisto
De te amar, vou mais versos
Escrever para os meus amigos,
Lerem a poesia que te dedico.

Até ao fim da minha breve vida,
O meu amor por ti será eterno,
Terminarei a escrever um verso
Que te dedicarei de bela magia,

Ruy Serrano - 28.11.2019


terça-feira, 26 de novembro de 2019

BOM DUA...

Mais um dia chegou vindo de longe,
Veio ter comigo, sem saber de onde,
Chegou de mansinho ao meu quarto,
Deu-me um beijo na face apaixonado.

Despertei e abri os olhos, encantado.
Fiquei com os raios solares focados
Nos projectos para mais uma jornada,
Que terá de ser na poesia inspirada.

Começar novo dia desta bela maneira,
É sinal de que ainda estou vivo, teimo
Em recomeçar o dia a escrever poesia,
Minha companheira durante todo o dia,

Os primeiros versos criei durante o somo
Solto que pesava no meu fértil cérebro,
Rendo-me à livre inspiração que me toca,
E que na minha imaginação foi desperto.

Um lençol de poemas de bonita alvura,
Foi estendido na minha cama, deitado,
Ainda antes de eu me ter espreguiçado.
Como se o caminho fosse uma lonjura.

Ruy Serrano - 27.11.2019



segunda-feira, 25 de novembro de 2019

ENTRE O OUTONO E O INVERNO

Respiram por mim as folhas 
Que pendem das árvores
Da minha vida, crescidas
Com palavras e metáforas.

Das suas folhas caiem gotas
Do orvalho da vida cansada,
Que o Outono de amarelo
Vestido, sensação falhada.

A minha pele transpira poesia,
O meu coração é a melodia
Que lhe dá o ritmo desta vida
Por mim criada e bem vivida,

Entre o outono e o inverno,
Não sei o que me chegará,
Se chuva ou frio, se verá,
Temo sofrer com o inferno.

Quão difícil é passar assim
Dum mês para o outro sem
Ter a certeza de chegar a ti
Minha flor, meu gentil amor.

O tempo passa e nada se vê
Para além do nevoeiro denso
Que cobre o raiar da manhã,
Meus miolos de pouco senso.

Ruy Serrano - 26.11.2019


domingo, 24 de novembro de 2019

CORAÇÃO EM PERIGO

Tenho o meu coração em perigo,
Por teres deixado assim tão cedo,
Esta vida que era muito nossa,
O motivo não percebo, nem aceito.

Corre um sério risco, meu coração,
Tão grave que não tem remissão,
Só tu o poderás tratar, sobrevivo
Acreditando que afastes o perigo.

Meu coração bate agora mansinho,
À espera que o salves de silenciar,
Trata-o como se fosse do teu ninho,
Na cura do meu, quero eu acreditar.

Salva o meu coração que inda bate,
Recusando deixar de bater, deixaste
Que ele estivesse em perigo, recuso
Aceitar que será meu eterno recluso.


Ruy Serrano - 24.11.2019

sábado, 23 de novembro de 2019

ETERNOS AMIGOS

Esses eternos amigos que me deixaram,
Partiram cedo, não sei onde agora param,
Taunts saudades tenho deles, são amigos
Que nunca mais esquecerei, mui queridos.
Tentei falar com eles, não obtive resposta,
Por muito que me esforce, falhou a aposta,
De os encontrar algures, num outro lugar,
É triste bastante desejar e não os encontrar.

Mais tarde ou mais cedo seguirei o caminho
Que eles seguiram, sem remissão, é a chama
Duma voz Suprema que ditou o seu destino,
Porque sua presença junto a Deus se reclama.

Os poucos amigos verdadeiros que eu tinha
Já não existem, agora não tenho os amigos
Que desejava ter, a amizade está distante,
A amizade da minha internet é fascinante.

Estou condenado a viver o resto desta vida
Com as saudades que persistem, é magia
Que alimento como valiosas recordações,
Que guardo comigo, seus ternos corações.

Ruy Serrano - 23.11.2019








REBOLA A BOLA

Anda à roda, anda à roda,
Muito rebola a minha bola,
Minha cabeça anda à roda,.
De tanto rodar ficou tonta.

A minha bola roda muito,
Com os meus pontapés,
Outra bola não quero.
Com esta eu me esmero.

Bola de trapos eu jogava,
Muitos pontapés eu dava,
Também dava caneladas,
Muitas mazelas causava.

Gosto bastante de futebol,
Joguei com fulgor e prazer,,
Quando era jovem e forte,
Foi a minha melhor sorte.

Hoje não perco o futebol
Que se joga diariamente,
Bom ou mau é o desporto
Que me põe bem disposto

Ruy Serrano - 23.11.2019



sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O TEMPO NÃO ME DÁ TEMPO

O tempo não me dá tempo,
Para escrever mais poesia,
Como gosto, como queria,
É desgosto e destempero.

Pedi ao tempo mais tempo,
Ele recusou, não mó deu,
Foi ferida que muito doeu,
E eu fiquei sem meu tempo.

Gostaria de ter mais tempo,
Para viver esta minha vida,
Desfrutando a boa natureza
Que é pura, de muita beleza.

Ter mais tempo para a fauna,
Que é rica, variada, tão fértil,
Estimulando-me a viver feliz,
Como sempre desejei e quiz.

Vou pedir ao tempo as tréguas
Que a minha vida me reclama,
Para escrever mais sem regras,
Como a minha alma me chama.

Ruy Serrano - 22,l”11.2019




domingo, 17 de novembro de 2019

GENTE SEM ROSTO

Há tanta gente sem rosto,
Que se esconde atrás duma máscara,
Serem imorais é suposto,
Tratam boa gente de forma sarcástica.

Cuidado com gente sem rosto,
Que tentará sempre a todo o momento,
Convencer ser o único sustento
Da tua vida, teu derradeiro fim suposto.

Conheço gente sem rosto,
Sem coragem de se dar a conhecer,
Evitam sua máscara perder,
E ficarem sem seu tão amado posto.

Pessoas que tapam a cara,
Com uma negra e disfarçada capa,
Não têm coragem de mostrar
O que na realidade é o seu rosto.


Ruy Serrano - 17.11.2019

sábado, 16 de novembro de 2019

A ONDA QUE ME LEVOU

Fui arrastado por uma longa onda
Que me levou ao colo na sua crista
Para a minha terra, tão longínqua,
Deus fazei que a vontade subsista
Para usufruir daquelas paisagens
Que não existem nestas paragens,

A onda rolou até à praia onde fiquei
A aguardar que me viessem ajudar
A recuperar da longa atravessia
Que fiz do Atlântico e da maresia
Que tomou conta por fim de mim, 
Belo momento que fiquei a adorar.

A nostalgia era tanta e inigualável 
Que é assim única e incomparável,
Por tudo estar agora tão diferente,
As pessoas são outras, é gente
Que não conheço e irei ignorar,
Por não pretender com eles falar.

Ruy Serrano - 17.11.2019



DE TEMPOS A TEMPOS...

De tempos a tempos, vêm à minha mente,
Lembranças dos anos há muito passados.
Que me dão prazer serem relembrados,
As melhoras sensações que agente sente.

De tempos a tempos, eu volto ao passado,
Para ir buscar meus melhores momentos,
Que nunca mais voltarão a ser repetidos,
Hoje a vida é feita de muitos tormentos.

De tempos a tempos, vêm a minha mente
Os sonhos que se perderam em criança,
E que eram belos e de muita esperança,
Sou por natureza um enorme resistente.

De tempos a tempos, fico sem palavras,
Para poder exprimir estes meus sentires,
E assim dissipar minhas mágoas tristes,
Tenho de descobrir as palavras sábias.

De tempos a tempos, são outros tempos,
Os passados já se perderam para sempre,
Agora há que viver estes como diferentes,
Gosando outros e os melhores momentos.

Ruy Serrano - 16.11.2019




segunda-feira, 11 de novembro de 2019

AS PORTAS DO AMOR

Tantas são as portas do amor fechadas,
Portas que só tinham fachadas,
Receio o meu de as ter abertas,
Para me defender das setas.

As portas do amor são muitas e veras,
Por isso eu ainda acredito nelas,
Mas não as franqueio
Por ter delas receio.

Ha tantas portas do amor que se abrem,
Outras tantas também se fecham.
Os amores entram e saem,
E a mim só me deixam.

Desconfio da sinceridade dos amores
Que se escondem atrás das portas,
Passo momentos de terror,
Por serem tão tortas.

Vou fechar de vez as portas do amor,
Não quero sofrer nova afronta,
Fico com a cabeça tonta,
Passo um horror.


Ruy Serrano - 11.09.2019

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

OS SEM ABRIGO

Esses mártires da sociedade actual,
Que são objecto de marginalidade
A que são votados, ofensa brutal
Que nem parece ser uma realidade.

Não têm culpa de tão triste caminho
Que seguem sem saber seu destino,
Sem forças e muito desmoralizados,
Consideram-se seres marginalizados.

Onde esta a democracia que é cega
E não quer ver esta triste realidade,
Deixando os sem abrigo na falésia
De um precipício, triste fatalidade.

Por egoísmo das elites tão abastadas,
Os sem abrigo passam fome e o frio
Das noites gélidas do penoso inverno,
Que são como vivessem  no inferno,

Afinal o que é que o 25 de Abril trouxe,
De positivo, com mais dos sem abrigo,
Cruel sinal de insucesso e dum fosso
Brutal entre os sem abrigo e os ricos.

O Chefe supremo dos portugueses,
Deverá providenciar a erradicação 
De tamanha injustiça e diabolização,
Que é imperioso e nossos desejos.

Ruy Serrano - 08.11.2019