Seres humanos que andam à deriva,
Sem tecto e sem guarida merecida,
Vivem da caridade que lhes chega
De pessoas boas que não têm Inveja.
Sem rumo, o seu destino é duvidoso,
Passam a ser dependentes de ajuda,
E de auxílio, pisam chão perigoso,
Como se fossem fruta muito madura.
Sem bens, apenas com pouca roupa,
Passam frio com o inverno rigoroso,
Dormem em caves e nas estações
Do metro, seu futuro é mui duvidoso.
Têm sorte de lhes oferecerem comida,
Agasalhos e aquecimento temporário,
Para lhes amenizar o frio tão agreste
Que os debilita tanto como uma peste.
A vida dos refugiados é muito crítica,
Muitos sucumbem, jamais resistem,
Por culpa dos criminosos que alheios
Ao sofrimento praticam actos feios.
Ruy Serrano - 07.03.2022