domingo, 31 de março de 2013

CULPADOS E INOCENTES


Nesta vida tão complexa, as injustiças são muitas,
Assiste-se à absolvição de verdadeiros culpados,
E à condenaçâo de muitos anónimos inocentes,
Vida acidentada e imprevisível que enfrentamos.

Enfrentamos com coragem e muita resignação,
Sem direito a protestos, apelos e reivindicações,l
Somos vítimas da sociedade hipócrita, artificial,
Que controla a nossa vida e actos, sem direitos.

Direitos que não passam de leis sem lógica.
Instrumentos pra controlar a nossa liberdade
Disfarçada da falsa liberdade de expressão,
Que nos insulta e ataca sem justiça e razão.

Desde os tempos imemoriais que estas leis,
Criadas e alteradas à vontade dos autores,
São aplicadas pra servir seus interesses,
Ao castigar inocentes e absolvendo culpados.








JESUS CRISTO REGRESSOU


Jesus regressou pra nos lembrar que existe,
E que a nossa proteção é pra si importante,
Não nos deixando à tentação dos pecados,
Por isso, na sua presença sagrada insiste.

Devemos receber Jesus de braços abertos,
Com cânticos de alegria e boas vindas,
Como Nosso Pai Supremo e Protetor,
Seguindo Seus conselhos, Sua Doutrina.

Se professarmos os mandamentos de Jesus.
Resgataremos sua cruel crucificação na Cruz,
Seremos noutra vida, absolvidos dos pecados
Que cá na Terra cometermos sem consciência.



AS DUAS FACES


ODE Á RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

Temos duas faces, meu irmão, como a lua,
Uma que se ilumina e outra que é obscura.
A tua face iluminada transmite bondade,
A face escondida guarda a tua maldade.

Nunca exponhas a tua face oculta, cruel,
Deixa-a virada para o imenso caldeirão
De Fogo que consome seus demónios,
Expõe apenas o espelho do teu coração.

Coração que deves abrir aos teus irmãos,
Dando e repartindo teus bons predicados,
Deixando com a face oculta teus pecados,
Que deves resgatar e confessar a Jesus.

Jesus que ressuscitou pra nossa salvação,
Deve ser festejado neste Dia de Páscoa,
Como libertador da vida da Humanidade
Propagando a fé, o bem e a fraternidade.

sábado, 30 de março de 2013

AMOR NEGADO


Negaste-me o teu amor, sem eu saber porquê,
Deixaste-me triste e com belas recordações
Dos momentos de prazer e de muito amor,
Dos muitos beijos e abraços por nós trocados.

Amor negado é como se fosse grande pecado,
Que tu cometeste sem saberes os danos
Que me causaste, de sofrimento e grande dor
Que não consigo esquecer nem sequer disfarçar.

Vou pensar que teu amor negado é por ciúmes,
De outra que só existe na tua fantasia doentia,
Mulher que tu imaginaste existir, tua concorrente,
Cabeça tonta, imaginativa, errada e temente.

quarta-feira, 27 de março de 2013

NEVOEIRO


O dia nasceu com nevoeiro denso,
Toldou-me a visão do horizonte,
Pensei nos pedaços que eu perdi,
Durante o meu longo caminho,
Deixando-me pensativo e tenso.

Quem ficou com os meus pedaços,
Não sei nem quero saber,
É demasiado mau pra esquecer,
Vou antes imaginar melhores dias,
E gozar o resto da vida com prazer.

Também dou graças ao nevoeiro
Que se atravessou no meu caminho,
Não me deixa ver o triste cenário,
Que está pra lá da sua cortina,
Um espetáculo vil e monstruoso.

Quando o nevoeiro se dissipar,
Sei que tudo voltará ao mesmo,
Nada se vai alterar, talvez piorar,
E eu ficar impedido de intervir,
Por ser um anónimo espectador.
  

terça-feira, 26 de março de 2013

PERDIDO ENTRE OS LENÇÓIS


Deitei-me apaixonado e abri a cama.
Fiquei perdido entre os lençóis,
Á tua procura, sem te encontrar,
Acabando por desesperar.

Pensei que te tinhas deitado comigo,
Afinal foi um mero desejo,
Não te sinto nem te vejo,
Continuo a sonhar contigo.

Desapareceste sem me avisares,
Não me disseste a razão,
Apenas me deste um não,
E eu senti-me enganado.

A cama gelou por não a aqueceres,
Deixei de te procurar, não existes,
Foi apenas pura fantasia e ilusão,
Perdi desejos e meus quereres.

segunda-feira, 25 de março de 2013

SOU PEQUENINO E NÃO ME APETECE


Sei escrever, mas não me apetece escrever,
Sei ler, mas não me apetece ler,
Sei e posso ver mas não me apetece ver,
Sei e gosto de amar, mas não me apetece amar,
Sei o que confessar, mas não apetece confessar,
Sei como viajar, mas não apetece viajar,
Sei como voltar à minha terra, mas não me apetece voltar.
Sei quem são os meus inimigos, mas não me apetece saber,
Sei quem são os meus amigos, mas não me apetece ignorar,
Sei quem são os maus políticos, mas não me apetece saber,
Sei quais são as minhas carências, mas não me apetece divulgar,
Sei que sei, mas não me apetece saber que sei.
Sou pequenino, não tenho direito à expressão,
Sei que não devo sair do meu casulo,
Pra evitar maus tratos e provocação.

Ruy Serrano


O TEU PUDOR A MINHA DOR

A chuva miudinha começou a bater na vidraça,
Eram lágrimas perdidas da minha amada,
Que me chegavam de bem longe,
Vinham sem mensagens, sem nada.

Fiquei sem saber se ela ainda me amava,
Se por outro, ela já me trocara,
Eu, apaixonado, não a queria deixar,
Eu lhe dera meu amor, ela o recusara.

Diz que se desnudara fora d'horas pra mim,
Ela assim o fez, sabendo que eu dormia,
Não quis que eu visse seu corpo viçoso,
Recatada, não se queria entregar assim.

sábado, 23 de março de 2013

PORQUE PARTISTE TÃO CEDO ?

Deixei cair a última lágrima, ao por do sol,
Tinha ela acabado de partir
Pra uma derradeira viagem, sem retorno,
Deixando-me só neste Mundo.

Não sei como tomar conta de mim próprio,
Toda a gente m'abandonou,
Não consigo fazer nada,
Perdi a vontade, não sei quem sou,

Porque a levaram tão cedo desta vida,
Pra outra vida em parte incerta,
Fazendo-me ela tanta falta,
Na nossa casa que ficou deserta?

Vou fechar a porta, trancá-la com pregos,
E deixar-me crucificar,
Como Jesus foi na Cruz,
Pra crise não me poder sacrificar.


A MINHA RAÍNHA

Desejo meu, viver só contigo num lugar da terra,
Onde tu fosses rainha e eu teu súbdito.
Num castelo sem ameias nem guardas,
Apenas nós dois e o nosso amor.

Um lugar único em que te prestasse vassalagem,
Com meus carinhos e meus beijos,
Minhas fantasias, meus abraços,
Loucos de desejos.

Um castelo junto a um lago de águas azuis,
Em que nos banhássemos desnudados,
E por todo o tempo abraçados,
Como dois bons amantes.

Que nesse lugar da terra germinassem sonhos,
De vivermos uma vida tranquila,
Sem pajens nem carruagens,
Apenas confiando em nós.

quinta-feira, 21 de março de 2013

ETERNA POESIA


POEMA COMEMORATIVO DO DIA MUNDIAL DA POESIA

Quando eu morrer quero ser enterrado,
Vestido com a minha poesia,
Que foi cúmplice e a melhor companhia.
A poesia trouxe e levou sonhos
Que me inspiraram meus poemas,
E me ofereceram belos sabores
Exóticos, meus genuínos temas.

Vivo da poesia e com a poesia sou feliz,
Respiro o ar e admiro a paisagem
Que me rodeia e me envolve,
A poesia é a minha verdadeira matriz,
Deito-me com ela e com ela acordo,
Vou à rua, levo-a comigo,
Tenho vaidade de ser poeta.

Quando eu morrer quero que a poesia
Que eu escrevi, seja recordada
Como minha generosa oferta
Aos sobreviventes deste caos,
Em que a terra viciada, se tornou,
E apenas escombros nos deixou.
Resistindo a minha Eterna Poesia.



quarta-feira, 20 de março de 2013

AMOR E CIÚMES

Amor e ciúmes, gémeos inseparáveis,
Vocês não se entendem, se agridem.
Deixam-nos decepcionados,
Porque os malditos ciúmes,
Tratam mal o frágil amor.

Não desistamos do nosso amor,
Pois nunca deixaremos de amar,
Não são os ciúmes a ordenar
Que o amor seja maltratado.
E de nós separado.

Sabemos que nunca se irão separar,
Amor e ciúmes se perseguem,
O amor foge aos ciúmes,
Os ciúmes não o largam,
Só desistem depois de o destruir

Odiamos os desmandos dos ciúmes,
Por não conseguirmos impedir,
Sua intromissão nos amores,
Mas não devemos desistir
De amar quem nos ama.


terça-feira, 19 de março de 2013

CONTROLA O TEU RITMO


Não te esqueças, controla o teu ritmo,
Ele comanda a tua curta vida,
Depende do ritmo que marcares,
Não querendo viver duma só vez,
O que podes viver a vida inteira.

Quanto maior for o ritmo da tua vida,
Mais encurtas o teu horizonte,
E não saboreias o que ela te oferece
Vindo a amargar o sal da fonte
Que te contamina o céu-da-boca.

Controla o teu ritmo, anda devagar,
Não queiras miragens alcançar,
São areias do deserto de ideias,
Pensa no teu futuro sem peias,
Honra o teu nome e da família.


QUIS ABANDONAR-TE


Quis abandonar-te, mas tu não me deixaste,
Imploraste a minha paixão por ti,
Davas-me tudo que tinhas de teu,
Como me pertencesse e fosse meu.

Eu recusei, não me quis envolver contigo,
Tinha mais quem me desejasse,
Tu pensaste que eu te tinha trocado,
Não o fiz por viver assustado.

Senti-me um miúdo faminto e desprezado,
Sem ter ninguém com quem desabafar
Nem com quê pra matar a fome,
Dum amor perdido e abandonado.

LEMBRANÇAS NOSSAS, MEU PAI

ODE A MEU PAI

Lembras-te, meu pai, quando eu nasci
Que tiveste mais uma alegria na vida,
No momento em que vi a luz do dia?
Lembras-te, meu pai, quando contigo
Íamos ao mato, fazer permuta de bens
Com nossos amigos, e com os miúdos
Eu brincava e me divertia todo o dia?

Lembras-te, meu pai, quando eu fugi
De ti pra não me bateres, ao roubar
Um maço de tabaco pra meus amigos,
Mas ainda me castigaste e te agradeci
Por nunca na vida ter o vício de fumar?
Lembras-te, meu pai, quando às aulas
Eu faltava pra jogar à bola de trapos?

Lembras-te, meu pai, quando o Estado
Te queria cassar o alvará de empresário
Se não demolisses o casarão de madeira
Onde eu nasci, comprada aos ingleses?
Lembras-te, meu pai, quando te deixei
Pra assentar praça no sul, contrariado,
E não te poder ajudar nas tuas tarefas?

Lembras-te, meu pai, quando o barco
Em que viajávamos pra mãe pátria,
Devido a uma tempestade, arriscou
Afundar e eu fiquei assustado, chorei,
E ao comandante e telegrafista implorei,
Que pelo morse pedisse socorro urgente?
Passou o mau tempo e eu fiquei contente.

Lembras-te, meu pai, quando meu irmão
Fernando recebeu tua condecoração
De Comendador, por tu estares ausente?
Lembras-te, meu pai, quando adoeceste
E eu de te ver a definhar, muito sofri,
Ao teu sofrimento silencioso eu assisti,
Impotente pra te valer naquele momento?

Lembras-te, meu pai, quando te despediste
De mim pra sempre e me pediste e à mãe
Pra seres sepultado no Fubo, onde vivemos
Os melhores anos da nossa apressada vida?
Espero ainda poder juntar-me a ti e à mãe
Pra relembrar e cantarmos o nosso hino,
Evocando todos os nossos amigos e família.
.



segunda-feira, 18 de março de 2013

NÃO TENHO SONO

Estou com o fardo pesado
Dum sono encomendado,
Mas que tarda em chegar.
Roubaste-me o meu sono,
Trocaste-o.por insónia,
Recordo bons momentos.

Não me apetece dormir,
Vejo-te pra mim a sorrir,
Me dando teus beijos,
Tuas mãos  abraçando,
E eu por ti suspirando,
Com infindos desejos.

Não vou desistir do teu amor,
Quero com ele conquistar-te,
Dando provas do meu sentir,
Do meu sofrimento por ti,
Que me dá eterno prazer,
Por te amar com intensidade.

domingo, 17 de março de 2013

TEU PUDOR MINHA DOR

A chuva miudinha começou a bater na vidraça,
Eram lágrimas perdidas da minha amada,
Que me chegavam de bem longe,
Vinham sem mensagens, sem nada.
Fiquei sem saber se ela ainda me amava,
Se por outro, ela já me trocara,
Eu, apaixonado, não a queria deixar,
Eu lhe dera meu amor, ela o recusara


Diz que se desnudara fora d'horas pra mim,
Ela assim o fez, sabendo que eu dormia,
Não quis que eu visse seu corpo viçoso,
Recatada, não se queria entregar assim.




 

sábado, 16 de março de 2013

SÓ PENSO EM TI

 Só penso em ti a todo o momento,
Tuas palavras são como o vento,
Passam por mim, sussurrando,
Aumentando meu vil tormento.
Já não me dizes palavras bonitas,
Apenas murmúrios de ingratidão,
Ficam no ar momentos de amor,
Que vivemos em mútua união.
Momentos que se esfumaram,
E que não voltaremos a passar,
Ficam apenas as recordações,
Do nosso tão tormentoso amar.

ONDE ESTÁ A POBREZA DE PORTUGAL?

CRÓNICA SÔBRE UMA VISÃO REALÍSTA DE PORTUGAL
Portugal não é um país pobre como muitos querem fazer querer. Geograficamente, Portugal é um país de muitos recursos. A sua pobreza é humana e tem a ver com a mentalidade do povo que se convenceu que o seu país não tem viabilidade económica.

Outros países europeus, de menor dimensão que Portugal, são prósperos. Têm estabilidade institucional, política e económica e são organizados. É o caso dos países nórdicos, o Luxemburgo, a Holanda, a Bélgica e a Suíça. Portugal não é uma Nação pequena na Europa; é um país de média dimensão. Tem uma geografia homogénea e multifacetada com solo rico e subsolo virgem, por desbravar. É o país europeu com a maior costa marítima, ainda por explorar, apesar duma plataforma atlântica vasta. Dispõe de condições climatéricas excepcionais, de boas praias, excelentes estâncias balneares e bastantes cursos de água.

Os seus habitantes, apesar de terem estudos e até cursos médios e superiores, são iletrados, considerados portanto incultos. A cultura favorece uma consciencialização de maior ordem, organização e empenhamento no aproveitamento dos seus recursos. Há um desinteresse absoluto da maior parte do povo que se mentalizou ser o Estado o único responsável pelo progresso do País, através das suas receitas insuficientes. Há  três factores que contribuem para o empobrecimento do Estado: a justiça que não funciona, os off-shores e a economia paralela, subterrânea.

Não entrei em detalhes estatísticos porque, para além de alongar demasiado esta crónica, iria saturar o leitor, pois eu sou apologista de textos curtos e concisos. Espero, no entanto, ter dado uma imagem da realidade de Portugal, cuja crise nunca será superada se não houver uma reconversão total das políticas do Estado e dos seus súbditos que terão de colaborar activa, inteligente e proficuamente na construção duma Nação de Futuro Próspero e Credível.

quinta-feira, 14 de março de 2013

JÁ NÃO SEI COMO FAZER CONTAS


Não há estrelas no céu, apenas nuvens,
Parece que tudo desapareceu
E me deixou só neste Mundo,
Que já não me diz nada e me assusta.

Vejo homens e mulheres a correrem,
Não sabem o que andam a fazer,
Sua vida é de angústia e de espanto,
Procuram algo que não encontram.

Deixaram de sonhar, d’acreditar,
Vivem mal, sentem-se por realizar,
Pagam um preço demasiado elevado,
Por nada, apenas promessas vãs.

Não desisto, tenho de sobreviver,
Usufruir do gosto de viver,
Não tenho com quê, só inventando,
Pois já não sei como fazer contas.

segunda-feira, 11 de março de 2013

SAUDADE VAI-TE EMBORA


Saudade, vai-te embora, desaparece,
Não te quero voltar a ver,
Me atormentaste muito tempo,
Quero esquecer-te pra sempre.

A saudade que eu conheci, é um mito,
Existiu apenas pra m' atormentar,
Hoje, passou de vez de moda,
Não vale a pena nada recordar.

A saudade foi substituída p'la realidade,
Tenho de viver com a verdade,
O que passou, se perdeu no tempo,
Tempo diferente que hoje eu vivo.







TU E O MEU ESPELHO


No meu espelho, não me vejo a mim
Vejo-te a ti, a todo o momento,
A tua imagem me persegue,
Estás sempre presente,
És a minha companhia.

Tomaste conta de mim e do meu espelho,
Que coloquei a meu lado,
Pra te ver e te adorar,
Como se estivesses num altar,
Aliviando meu sofrimento.

Quero olhar pra ti e ver-te a sorrir,
Com teus olhos brilhantes e doces,
Teus lábios sensuais a suplicarem
Que eu te abrace e te beije,
Em momentos de doce amor.



PALAVRAS NO AR


Lançámos palavras exaltadas ao ar,
Elas se chocaram e desfizeram,
Suas letras ficaram desordenadas,
Nunca mais se juntaram,
E eu sem o verso, sem a estrofe.

Não me ajudaste a juntar as letras,
Pra eu poder escrever as palavras
Que te queria dedicar em versos.
Pra te testemunhar com muito amor.
Todo o meu sofrer, minha dor.

De ciúmes, pensaste que meus poemas
Eram pra eu dedicar a outras,
Por isso recusaste meu pedido,
Fiquei contigo muito ofendido,
Por me teres deixado de amar.


BEIJOS ARDENTES


Teus beijos ardentes deixam-me embriagado,
Fico com eles, alcoolizado de amor,
Num verdadeiro estertor,
Que saboreio.

Quanto mais beijos eu na vida recebo,
Mais embriagado e enamorado fico,
É alimento da minha alma,
Por ti suspiro.

Enche-me de mil beijos sem limites,
Com teus lábios doces de mel,
Dá-a momentos de prazer,
Pra eu não sofrer.

.





REGRESSO


Desejo regressar, tenho receio,
Não sei o que vou encontrar,
É tudo mistério, tudo imprevisto,
Já em ninguém eu acredito.

Deixou tudo de ser como dantes,
Passei por ilusões e desenganos,
Amei e fui amado, como objecto,
Me achei selvagem, e não sujeito.

Os comentários que me fizeram,
Não foi ao homem, foi ao poeta,
O homem se sentiu desprezado,
Ficou ressentido com o poeta.

Depois deste breve desencontro,
O homem e o poeta se entenderam.
Uniram sua vontade e inspiração,
Resolveram escrever mais poesia.







A MINHA RAÍNHA


Regressei duma longa viagem, cheguei.
Vi tanta coisa por onde andei,
Mulheres lindas, homens guerreiros,
Um castelo conquistado, sem rei,
Trouxe a Rainha, que conquistei.

Fiquei com a Rainha a viver numa tenda,
Passou a ser a minha companhia,
Não tem guardas, nem grades,
Ela me inspira a minha poesia,
Que eu escrevo e publico no Face.



quarta-feira, 6 de março de 2013

DESESPERO DE ESPERAR POR TI


Desespero de esperar por ti,
Não quero esperar mais,
Tu és tudo pra mim.
Perdi a paciência e o tino,
És a minha letra o meu verso,
Que inspira a minha poesia.

Desespero enquanto te espero,
Sei que não me vais abandonar,
És o ar que eu respiro,
A luz que me ilumina,
O caminho que eu percorro,
A minha razão de viver.

Não suporto no meu dia-a-dia,
Teus avanços e recuos,
Entras e sais sem me avisares,
Fazes-me sofrer intensamente,
Desespero enquanto te espero.
Meu amor por ti nao se esgota.






terça-feira, 5 de março de 2013

ENTREGA PERMANENTE


A minha vida é uma entrega permanente,
Procuro atingir a perfeição possível,
Encontro resistências e escolhos,
Recebo em troca críticas e maus modos.

Não provoco nem afronto ninguém,
Que sou arrogante e de mau feitio,
É o que dizem os mais despeitados,
Sentindo-me humilhado e ofendido.

Só tenho praticado actos de bem,
Em benefício de quem não merece,
Q’ainda acha que o muito é pouco,
E que servido, nem sequer agradece.

Irei ignorar tudo o que me afronta,
Pra estar bem, e de mim gostar,
Ficar com a consciência tranquila,
E poder ainda mais a vida desfrutar.



segunda-feira, 4 de março de 2013

AMAR SEM SER MADO


Aprendi a amar sem ser amado,
Tal como Jesus Cristo,
Aprendi a me entregar,
Sem esperar receber,
Desejando poder viver.

Continuo a dar e a nada cobrar,
Só recebo palavras amargas,
De ingratidão e ofensivas,
Que procuro ignorar,
Apenas por mim sofridas.

Chegar ao fim da minha vida
E só assistir às barbaridades
Com que o próximo me trata,
É cruz que meu corpo arrasta
Mas que eu suporto e perdoo.

Continuarei a amar intensamente,
Mesmo que não seja amado.
É a minha vocação na vida,
Maneira de gostar de mim próprio,
E praticar o bem sem medida.

DERRADEIRO POEMA


O sol se escondeu, a noite chegou,
Eu me senti só, sem companhia,
Nem escrever me apetecia,
O tempo parou como um raio,
Que me tivesse atingido.

Pensei no impossível, no absurdo,
Fiquei imobilizado e mudo,
A vida não fazia sentido.
Fiquei com as ideias em combustão,
No fogão do meu cérebro.

Não sei se consegui dormir,
Só sei que manhã cedo,
Quando abri os meus olhos,
Estava no sofá da sala, calçado,
Com caneta e papel em branco,
Ao meu lado, sem nada ter escrito.

E assim ficou por escrever
O meu derradeiro poema.

sábado, 2 de março de 2013

PROMESSAS VÃS


As tuas promessas foram setas envenenadas
Que me atingiram sem piedade,
Provocando fortes danos.
Sangrando meu coração.

Prometeste-me o que nunca me poderias dar,
Confiei em ti perdida e cegamente,
Não passaram de promessas,
Eram palavras vãs.

Tua dupla personalidade, que me encobriste,
Convenceu-me de que me querias.
De tanto eu te desejar,
Fui por ti enganado.

De tão orgulhosa e teimosa como tu és,
Não voltas com a tua palavra a trás,
Vais fazer-me sofrer toda a vida,
Por teu belo prazer.




O SOL E AS NÚVENS


O sol tentou aparecer pra aquecer meu corpo
E iluminar meu caminho.
Uma nuvem ciumenta tapou o sol,
O céu ficou cinzento,
Minha alma reclamou,
E eu chorei.

A nuvem carregou minhas lágrimas,
Levou-as pra Sul,
E descarregou-as sobre minha terra,
O sol brilhou com intensidade,
Deu-me as esperanças desejadas
De boas novas do Sul.

As nuvens não regressaram,
Não mais trouxeram respostas,
Deixou de chover,
Os campos ficaram áridos
E não houve colheita.
Tudo se perdeu.
Foi obra dos deuses do poder.

sexta-feira, 1 de março de 2013

A MINHA ÂNCORA

Descobri um porto de abrigo, que me acolheu,
Com meu barco carregado de emoções,
Vieste ter comigo, com tua âncora,
Pra não o deixar ir à deriva.
Ajudaste-me a descarregar as emoções.
Deste-me coragem pra renascer,
Regressar ao porto de origem,
Pra poesia voltar a escrever.

Fui ao mar imenso e longínquo.
Recuperar forças e inspiração.
Pra escrever poemas sentidos,
Da minha vida ferida no coração.