segunda-feira, 4 de março de 2013

DERRADEIRO POEMA


O sol se escondeu, a noite chegou,
Eu me senti só, sem companhia,
Nem escrever me apetecia,
O tempo parou como um raio,
Que me tivesse atingido.

Pensei no impossível, no absurdo,
Fiquei imobilizado e mudo,
A vida não fazia sentido.
Fiquei com as ideias em combustão,
No fogão do meu cérebro.

Não sei se consegui dormir,
Só sei que manhã cedo,
Quando abri os meus olhos,
Estava no sofá da sala, calçado,
Com caneta e papel em branco,
Ao meu lado, sem nada ter escrito.

E assim ficou por escrever
O meu derradeiro poema.

1 comentário:

Unknown disse...

Qual derradeiro qual quê meu poeta amigo...há muita poesia em si se erguendo em versos avassaladores, despertos e bem apressados para serem transpoprtados p'ró papel e, acarinhados pelos seus leitores.Que poema fantástico...um caminhar, deambular, em sensações metaforisadas que nos levam do irreal ao real.Tão bonito...perfeito...!Gostei muito Rui Serrano.Parabéns.Beijinho lindo.*