sexta-feira, 22 de junho de 2018

LISBOA DOS MEUS OLHOS

LISBOA, menina dos meus olhos, 
Anda, sai à rua, vem comigo desfrutar
Das ruas, travessas e miradouros,
Ouvir os alfacinhas a dirigir piroupos,
Às fadistas e varinas, tão castiças,
Que se fazem passar por mestiças.

Anda, dá-me o teu braço, vamos ao rio,
Ver os cacilheiros a navegar,
As gaivotas fazendo piruetas no ar,
Vamos percorrer a cidade,
A parte velha e a actual realidade,
Fazendo reviver a nossa mocidade.

Lisboa, não te vás ainda deitar,
Vale a pena ver o casario iluminado,
Às esquinas pares a namorar,
Um fado numa tasca bem cantado,
Por uma voz de fadista, castiça,
À luz da lua que se esconde, mortiça.

Adeus Lisboa, até amanhã, outro dia
Que se repetirá sempre como magia.

Ruy Serrano - 22.06.2018



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