quarta-feira, 14 de agosto de 2019

LUANDA DO MEU TEMPO

Guardo saudades da Luanda do meu tempo,
Em que tudo era simples, natural e humano,
Da convivência entre pessoas sem racismo,
Não havia disputas, políticas nem egoísmo.

Luanda que eu amei como minha amante,
Com ela andei num namoro permanente,
Das praias da ilha usufruía meus banhos.
Onde os meus prazeres eram tamanhos.

Luanda que eu percorria na minha vespa,
Utilizando a ligeireza do meu transporte,
Por vezes a rapidez era o meu desnorte,
Para agradar às moças, minha destreza.
Que 
Como gostaria de voltar àqueles tempos 
Em que vivia com prazer bons momentos,
Sem recear ser mal visto e correspondido
De modo provocador e nunca obstruído.

Bela cidade era essa Luanda, diferente
Da que hoje conheço, que é tão artificial,
Sua beleza, sua arquitetura, meu enlevo,
Cidade que a todo o tempo não esqueço.

Ruy Serrano - 14.08.2019






Sem comentários: