sexta-feira, 14 de junho de 2013

DESESPERANÇA


Estado d'alma o meu, que sinto um vazio,
Sem qualquer explicação, minha tortura,
Não percebo, não apetece, meu martírio,
É um mal-estar convertido em doçura.

É doçura que passa por vezes a amargura,
Não sei o que tenho, não sei o que falta,
Sei que não tenho espaço, nem tempo,
A minha vida tornou-se um passatempo.

Os dias passam, passam anos e anos,
A vida nada, nada me trouxe nem deu,
Apenas na voragem, me surpreendeu.
Com sonhos, promessas, desenganos.

O caminho encurtou, a corda esticou,
Tornou-me frágil e menos confiante,
Tudo que consegui, é dececionante,
Absorvido por alguém, nada sobrou.

Ruy Serrano, 14.06.2013

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