Ando confuso, já não sei o que quero,
Já passei por tanto na vida, desespero
Por não ter mais nada para desfrutar,
Deixei de ter gosto para inda saborear.
O sabor agora é mais amargo, o doce
Já deixou de me agradar, é agressivo,
Com a idade tudo se tornou esquisito,
Fere-me como o golpe de uma foice.
Já não sei o quero, tanta coisa passei,
Que deixou de haver muitas escolhas,
O que resta são sobras, não prestam,
As árvores perdem suas secas folhas.
Sensação a minha do tempo me fugir,
Nāo o consigo agarrar, triste destino,
Não sei para onde me leva, desconfio
Que já não me deixa, perdi meu siso.
Nāo saber o que se quer, é bem mau,
Deixamos de saber porque vivemos,
O futuro é um mistério que tememos,
Estou à beira do meu último degrau.
JÁ NĀO SEI O QUE QUERO,
É PARA MIM UM MISTÉRIO.
Ruy Serrano - 01.07.2019
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