segunda-feira, 3 de junho de 2019

SEM PRESSA DE CHEGAR AO FIM

Da minha boca soltam-se palavras de amor,
Dos meus lábios desejos ardentes de beijar,
Do meu coração batimentos de muito ardor,
Da minha alma o desgosto de tanto te amar.

Do meu sentir nascem versos de encantar,
Crónicas e contos das verdades vividas,
Vontade indómita de pelas letras navegar,
Ao sabor do vento e das ondas batidas.

Os amores perderam-se no breu da noite,
A lua receosa não quiz ser minha cúmplice,
Fiquei só sem nada nem a tua companhia,
Nāo quiseste ficar comigo comprometida.

Os meus passos são lentos e muito pesados,
Não têm pressa em chegar ao triste destino,
O meu andar é automático, ao gps da vida
Ligado, para me conduzir pelo meu caminho.

Da vida já nada me é permitido inda esperar,
Tudo que recebi neste curto tempo consumi,
Nāo resistir ao muito consumo eu consegui,
Fui um desvirtuado sem saber me controlar.

Ruy Serrano - 03.06.2019


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