quinta-feira, 3 de março de 2011

A RAZÃO E A FICÇÃO

INÉDITO

Sou um simples cidadão, com um curso técnico comercial cuja profissão exerci durante 60 anos. Não é condição necessária ser licenciado para fazer uma leitura racional sobre a situação política, económica e financeira que Portugal está a atravessar.
Desde que me conheço - e recuo aos anos 30 do século XX -, que nunca assisti a uma crise tão profunda como a que avassala o Nosso País - só equiparável à pré-republica -, debilitando as classes média e pobre, levando-as aos limites mais baixos de qualidade de vida, em contradição com a abastança em que vive uma minoria que usufrui dos melhores rendimentos e mordomias.
O fraco crescimento económico actual, resultado de políticas económicas inadequadas em conjugação com as despesas demasiado elevadas do Estado, não é redistribuído equitativamente pela população. É já claro que essa mais valia é absorvida pelos juros da dívida nacional cada vez mais crescente. Com a constante venda de dívida à custa de juros cada vez mais altos e a recessão económica a aprofundar-se, teremos, dentro de pouco tempo um País pobre equiparado aos países do Terceiro Mundo. Tem-se actuado com pura ficção em vez de verdadeira razão.
Eu já nada tenho a perder, porque o meu património material já me foi usurpado, muito injustamente, em África, mas estou muito apreensivo pelo futuro do meu património familiar, constituído pelos meus descendentes – que já inclui bisnetos -, que não têm garantias de uma vida digna.
Estou convencido que estas linhas são a expressão do sentimento da maior parte dos portugueses e que, não obstante traduzirem a realidade dos factos, não encontrarão eco nas entidades responsáveis pela governação do País. O ideal seria todas as forças políticas se unirem em torno de um projecto único comum, encabeçado pelos “sábios” reconhecidos, a fim de serem postas em prática as medidas mais adequada no sentido de levarem esta Grande Nau a Bom Porto.

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