quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ESPERANÇAS



As minhas esperanças não se desvaneceram,
São as mesmas desde criança,
Porque ainda não cresci,
Não desisti.

Quiz crescer depressa para ser independente,
Não tive tempo de me tornar adulto,
Fui sempre um miúdo ousado,
Mimado.

Li livros e revistas, escrevi, representei e declamei,
Ambicionei ser figura da sétima arte,
Estudei os labirintos do cinema,
Saí de cena.

Embrenhei-me pela vida, desbravando caminhos,
Trabalhei sem parar até me cansar,
Consegui alcançar resultados,
Frustrados.

Quando a vida me sorria e o futuro bom prometia,
O inesperado aconteceu, e a frustração,
Tomou conta do meu ego,
Deixou-me cego.

Bem me agarrei às últimas esperanças que restavam,
Ficaram destroços à tona a flutuar,
Não havia nada para salvar,
Um forte amargar.

Hoje vivo ainda das esperanças que nunca perdi,
São as esperanças que levarei comigo,
Quando passar ao outro Mundo,
Sem fundo.
































































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