domingo, 1 de janeiro de 2012

SONHO DE UM NÁUFRAGO

Depois do barco se afundar nas águas agitadas,
Ele nadou, nadou até terra firme, destemido.
Julgava-se a salvo em terras há muito povoadas,
Pareceu-lhe ser uma ilha de um reino antigo.

Percorreu savanas, planícies, serras, rios e lagos,
Lagoas e florestas, achou-se em terras conhecidas,
Memórias do passado de quadros exóticos vagos,
Que o tempo transformou em telas mal esbatidas.

Cruzou-se com animais, repteis, insectos e pássaros,
Foi então socorrido pelos nativos daquela santa terra,
Que era afinal a terra onde há muito tempo nascera,

Pareceu-lhe um território num continente de escravos,
Era de facto uma terra como uma ilha num continente,
De nome Cabinda, terra formosa e ainda sobrevivente.

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