domingo, 3 de fevereiro de 2013

PLANÍCIE


Meu espairecer pela tua paisagem ardente,
Não me sais da memória,
Múltiplas sensações, me despertavas.
Com o feitiço tu me seduzias,
Tua fauna e flora tropicais,
Q’inda hoje, guardo com emoção.

Essa magia contagiante que se desprendia
Do âmago do teu ventre,
Com arbustos, morros de salalé,
Répteis e passarada,
Caça miúda e grossa,
Transpiravas calor, irradiavas vida.

Com tua cumplicidade eu corria, me divertindo,
No encalece dum lagarto,
Que desesperado, de mim fugia,
Ou dum pássaro que temia minha fisga.
Garoto inocente, eu fazia judiarias
Aos inocentes que aprisionava.

Quando m' abri pra vida, descobri na planície
Mulher de beleza sem igual,
Por quem me deixei apaixonar,
Mas que desapareceu no cacimbo,
Deixando seu perfume, sem rasto,
Como recordação, a lamentar.

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