sexta-feira, 9 de março de 2018

O QUINTAL DO RUI

O Rui era um libertino e ladino miúdo,
Brincava no seu quintal com o amigo
Chimpanzé que nunca o abandonava,
Faziam judiarias aos pobres pássaros,
Ficando impunes, nunca castigados.

Corriam atrás de lagartos e sapos,
Lançavam pedras aos morcegos,
E às mangas, que adoravam comer,
Era uma vida livre e de belo prazer,
Que os deixava felizes e possessos.

Jogavam às escondidas e à macaca,
Comiam bananas e jinguba torrada,
Que tiravam sorrateiramente da loja.
Jogavam com uma bola de trapos,
Ao fim do dia pareciam uns farrapos.

Vida aquela de dois veros amigos,
Que recordo com saudade e pena
De não mais poder repetir cenas
De diversão e muita comunhão
Que vivíamos com muita emoção.

Ao fim do dia minha irmã cuidava
De nós com forte barrela e sabão
Azul e branco, água com creolina,
Vestia o meu pijama, ia pra cama,
Cansado, dormia profundamente.

Ruy Serrano - 09.03.2018

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