domingo, 16 de agosto de 2020

ALMA IRREQUIETA

Sinto minha alma irrequieta,

Não sei porquê nem de quê,

Só sei que ela não sossega,

É como se fosse uma vela.


Vela de chama acesa viva,

Arde dentro do meu peito,

Não se apaga ao meio dia,

Continua acesa a seu jeito.


Jeito que apanhou de noite,

Ao ficar acesa tanto tempo,

Foi tomada por vil cansaço,

Passou a um couto pedaço.


Pedaço de vela passou a ser,

Teve vida curta, já não dá luz,

Acabou por fim por morrer,

Sua chama não mais reluz.


Alma inquieta que não dorme,

Está desperta por boa causa,

Não me quer pois abandonar,

Ferida má que temo não sarar.


Ruy Serrano - 18.08.2020


Sem comentários: