sábado, 12 de setembro de 2009

ENSINAR E APRENDER

INÉDITO

Cada vez se torna mais difícil estabelecer uma relação pacífica entre o ensino e a aprendizagem. O resultado final não tem sido o mais desejado, devido a diversos factores que me proponho aqui abordar em linhas gerais, de acordo com a minha análise.

Antes de passar às considerações objectivas, quero estabelecer aqui uma fronteira bem marcada entre o ensino de há quatro décadas atrás, recuando mesmo até meados do século passado e a época actual. O ensino de hoje deixou de contar com os professores mais idosos que foram substituídos, como é natural, por outros de uma geração seguinte que, devido à transição do regime, após o 25 de Abril de 1974, tiveram dificuldade em manter o mesmo padrão de ensino e disciplina escolar. Por sua vez, os discípulos, da geração mais actual, devido aos progressos tecnológicos da comunicação audiovisual relegaram para segundo plano a aprendizagem dos princípios mais básicos da leitura e das contas, além dos comportamentos éticos e de civilidade.

A dificultar o aperfeiçoamento do ensino, aliando o tradicional à inovação, a tutela reguladora do ensino oficial introduziu alterações constantes e a esmo, com a profusão de directivas e exigências tão desajustadas como imponderadas. Esta indefinição permanente de um ensino objectivo e prático fomenta o choque inevitável entre os professores e os alunos e os próprios auxiliares de educação e os pais dos alunos.

Para que haja um reencontro com a boa qualidade do ensino, há que manter tudo o que era positivo no ensino de outrora (leia-se décadas de 40 a 60) e o que importa modernizar com a realidade de hoje (leia-se avanços tecnológicos), não deixando de considerar a vertente de disciplina escolar, fazendo cumprir rigorosamente os horários e presenças tanto dos docentes como dos alunos. Só assim será possível atingir metas mais audaciosas de sucesso na preparação das gerações actuais e futuras que terão de dar continuidade ao projecto de salvaguarda da Identidade Nacional de Portugal.

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