INÉDITO
Que bom rever rostos e ouvir vozes,
Ressuscitados do tempo passado,
Momentos passados e vividos,
Não esquecidos.
Falamos de nós e dos outros,
Perguntamos o que fazem,
Ouvimos boas e más novas,
Restam-nos as sobras.
Tentamos disfarçar o infortúnio,
Mascarar as humilhações,
Forçamos um sorriso amargo,
Gosto a fel saboreado.
Pensamos alto e escrevemos,
Tudo que a memória revive,
Fazemos crer da nossa razão,
Recusando o perdão.
Por muitos e longos tempos,
A nossa revolta perdurará,
Perdemos a noção do tempo,
Já não há momento.
A Natureza e a Providência
Julgarão de sua justiça
Os monstros predadores,
Justos perdedores.
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