sábado, 28 de abril de 2012

LÁGRIMAS...


Irromperam lágrimas do meu choro,
De tão amargas e impetuosas,
Venceram o dique da minha vida.
Foram parar ao oceano revolto,
Beijando as costas remotas,
Da minha querida terra, Cabinda.

Minhas lágrimas navegaram perdidas,
Soltas dos meus olhos marejados,
E chegaram a paragens longínquas,
Levando mensagens de saudade,
Aos senhores bem instalados,
Que me agrediram sem piedade.

Quando meus olhos secaram, o Sol
Tornou a brilhar no horizonte,
Revelou-me um promissor farol
Que me indicou o caminho da fonte,
Onde minha família poderá saciar
Sua sede de vencer, sem arriscar.



Sem comentários: