quinta-feira, 17 de maio de 2012

OUTONO CINZENTO


As manhãs nasceram cinzentas e húmidas,
As árvores despiram-se das folhas caídas.
As aves voaram para longe, autodirigidas,
As pessoas, de reais, passaram a múmias.

Perdem-se esperanças, caíram projectos,
Da família, restam saudades e os afectos,
Longe, desfrutam outras oportunidades,
Aproveitando climas e outras realidades.

O tempo não acaba de vez com o Outono,
Outras estações se seguirão, mais amigas,
Que relançarão a vida para melhores dias.

Com o Inverno, não me sinto ao abandono,
Vivo à espera do sol quente da Primavera,
Para no Verão me aquecer como desejara.


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