As manhãs nasceram cinzentas e húmidas,
As árvores despiram-se das folhas caídas.
As aves voaram para longe, autodirigidas,
As pessoas, de reais, passaram a múmias.
Perdem-se esperanças, caíram projectos,
Da família, restam saudades e os afectos,
Longe, desfrutam outras oportunidades,
Aproveitando climas e outras realidades.
O tempo não acaba de vez com o Outono,
Outras estações se seguirão, mais amigas,
Que relançarão a vida para melhores dias.
Com o Inverno, não me sinto ao abandono,
Vivo à espera do sol quente da Primavera,
Para no Verão me aquecer como desejara.
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