domingo, 5 de março de 2017

TOMAR O LADO BOM E O LADO MAU

É sempre difícil falar de Tomar pelo muito respeito que me merece. Todavia é por esse respeito que lhe devo, que me acho com o a obrigação e o direito de exteriorizar o que sinto pelo pulsar da nossa cidade.
Como todos os centros urbanos, Tomar tem o seu lado bom e o seu lado mau. Do lado bom estão os cidadãos anciãos e os poucos seniores e jovens mais atentos às realidades de Tomar; as tradições e costumes; a gastronomia; os monumentos e todo o património histórico, etc. Do lado mau, estão os cidadãos sem motivações e ambições; os bem instalados, mas dependentes; os jovens e os seniores desinteressados no evoluir positivo da sua cidade; o abandono da cidade por parte das entidades, sobretudo da autarquia; as promessas não cumpridas; o consumismo em detrimento do investimento; o abandono notório e escandaloso da economia citadina, com o encerramento de muitas superfícies comerciais e unidades industriais.
Do lado bom, são os anciãos que têm maior disponibilidade de espírito de participação com os seus artigos de opinião sempre oportunos acerca das realidades com que se confronta a nossa cidade.
Do lado mau, é a constatação da ausência da maior parte dos seniores e da totalidade dos jovens da vida social citadina, ao deixarem de pugnar pelos verdadeiros valores na construção de um futuro mais promissor para si e suas futuras famílias. Antes pelo contrário, a sua maior predisposição é para se entregarem a uma vida fútil, de diversão, artificial e sem ambições.
Enquanto permanecer o lado mau de Tomar, jamais haverá progresso, antes sim retrocesso, num grau assustadoramente crescente, sem reversão à vista. Apenas lamento que o meu contributo se resuma apenas a um ou outro artigo de opinião que já se torna fastidioso tanto para mim como para os eventuais leitores.

Ruy Serrano - 06.03.2017

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