domingo, 9 de abril de 2017

DESENGANO E DESEJO

Este desengano que me enganou,
Foi notícia que me surpreendeu,
De ti não esperava tal desfecho,
Foste chamada pela voz de Deus.

Fechou-se a porta da ingrata terra,
Abriu-se a porta do abençoado céu,
Libertaste-te dos malditos homens,
Juntaste-te aos anjos, qual fariseu.

Eu cá na Terra ainda carrego a cruz,
Que trago comigo desde que nasci,
Faz parte da minha prolongada vida,
Só minha como castigo e cruel sina.

Pratico o bem, não desejo a ninguém,
O mal que me desejam, não sei como,
Só sei que a vida me retirou meu bem,
Que eras tu, que em sonhos de tomo.


Não sei por quanto tempo inda viverei,
Peço a Deus que me leve sem eu saber,
Pois se a vida foi dura e de tanto sofrer,
Que a morte seja tão Santa como desejei.

Ruy Serrano - 09.04.2017

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