sábado, 22 de julho de 2017

TENHO PENA DE MIM

Tenho pena de mim,
 Não sei porque nasci,
Para sofrer tanto assim,
Assistir a tanta miséria,
Nada é como supusera,

Ver a natureza revoltada,
Os homens em conflito,
Solta-se de mim um grito,
Desespero sem fazer nada,
O Mundo não tem remédio.

Desde os primórdios até hoje,
Que a vida na terra é assim,
Será de guerras até ao fim,
Dá-me ganas, mete-me nojo,
Sei que vou morrer desiludido.

Antes desiludido e não perdido
Neste Mundo, sem um futuro,
Em que a violência acabasse,
Com o abraçar da humanidade,
E que a Paz fosse fruto maduro.

Tenho pena de mim, impotente
Me acho, sou eterno padecente.


Ruy Serrano - 22.07.2017

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