Fazes que falas comigo, pura fantasia,
As tuas palavras não são audíveis,
Vives de mentiras vazias,
Ofensas terríveis.
Pensas que me castigas com parábolas,
Não passam de simples charadas,
As verdadeiras palavras,
São muito raras.
Os teus diálogos são simulados sem som,
Fazem de ti uma tremenda anormal,
Seria muito mais natural,
Se fossem de bom tom.
Prefiro ouvir os meus próprios provérbios,
Do que os teus palavrões soberbos,
Sem lógica nem sentido,
Por não ser merecido.
Diálogos surdos são só entre os animais,
Que apesar de tudo se amam,
Os teus são como punhais,
Que me tramam.
Comunicas por gestos e por mímica,
Ninguém percebe o que dizes,
Nem sabes falar com rima,
Tu nunca desistes.
Viciastes-te em diálogos de surdos,
Tentando fazer de mim parvo,
Fazes dos outros mudos,
E de mim um tarado.
Não te darei o prazer de te responder,
Guardo a minha resposta,
Para mais feliz viver,
É a minha aposta.
Ruy Serrano - 21.04.2018
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