Belo tempo aquele do tio Jacinto,
Que andava com a sua carroça
Pela aldeia, à semana e domingo,
A distribuir produtos da sua horta.
O gentio acorria lesto pra comprar
Os produtos frescos daquele dia,
Que como aqueles mais não havia,
Eram saborosos, de bom paladar.
O tio Jacinto rejubilava de alegria
Por ver que a aldeia não faltava
À sua chegada sempre aguardada
Com curiosidade e expectativa,
O jumento que a carroça puxava,
Também participava do momento,
Chiando em alto som e encantava
Com a sua figura de belo jumento.
Saudades tantas eu ainda guardo
Da carroça do tio Jacinto, encanto
De toda a gente que lhe era grato
Pelo seu empenho sempre pronto.
Ruy Serrano - 02.05.2020
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