Nesta armadilha da vida, os inocentes
São as maiores vítimas, sem culpas,
Perdem a identidade e sua dignidade,
Porque não aceitam suas desculpas.
Os inocentes são pois marginalizados,
Sem de nada serem assim culpados,
É a falsidade da sociedade que julga
À sua maneira, com uma feroz purga.
Os inocentes não têm quem os defenda,
Nem os advogados estão interessados,
Por só defenderem culpados e receber
Honorários fáceis, demasiado elevados.
Quando penso nos inocentes, recordo
Com mágoa a minha história verídica,
Quando fui coagido a virar as costas
À minha amada terra, sem propostas.
Fui tão inocente como cobarde, hoje
Faria tudo diferente, correria riscos,
Até conseguir ultrapassar a barreira
Que foi imposta, sem fazer asneira.
Não aprendi a lição, continuo inocente,
Acredito em Deus e em toda a gente,
Esperando que me seja feita a justiça
Por mim tão desejada e tão merecida.
Ruy Serrano - 24.05.2020
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