quarta-feira, 9 de junho de 2010

OS EQUATORIAIS


INÉDITO

Assim se designam os nativos das regiões do globo situadas entre os paralelos 10 N e 10 S do Equador. Como nasci no paralelo 5 S, mais precisamente em Cabinda, achei interessante fazer uma abordagem às características muito particulares destes nativos.

O paralelo 5, quer a norte, quer a sul, atravessa o globo no perímetro de 360º, com uma superfície de cerca de 69% de água (oceanos, rios e lagos) superior à superfície terrestre que é de 31%. Os elevados índices de pluviosidade (chuvas) e de temperatura tornam esta zona do globo rica em fauna e flora, predominando as grandes florestas do centro de África (Enclave de Cabinda – Maiombe), (República Democrática do Congo) e (Tanzânia), da Indonésia (Ilha de Sumatra e Nova Guiné Ocidental), das Ilhas Salomão, da Papua-Nova Guiné, do Peru (território dos Incas) e do Brasil (Amazonas, Ceará e Rio Grande do Norte). Passa pelo lago Tanganica e Rio Congo, em África, várias ilhas do Pacífico e o Rio Amazonas, no Brasil, além doutros pequenos lagos e rios. Atravessa os Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico e 14 Estados de África, Ásia e América do Sul.

A maior parte destas regiões são autênticos paraísos e os seres vivos ali nascidos, com relevância para os seres humanos, para além dos seus genes, que os identificam com as suas famílias, possuem características muito particulares comuns a todos os nativos que advêm do “habitat” em que nasceram e foram criados. Muito ligados à Natureza, pela forte presença e influência da rica fauna e flora, criaram hábitos de rudimentares condições de vida, deram importância ao valor espiritual ligado à terra e crêem numa religião e no respeito pelas tradições locais muito enraizadas, preservando o seu património histórico, casos do Machu Picchu- ex-líbris do Império Inca, no Perú e a Fortaleza de São José de Macapé (1714) sentinela do rio Amazonas, no Brasil. Estes valores interiorizaram uma filosofia de vida em que prevalecem a protecção da família, o respeito mútuo, sobretudo pelos mais velhos, a solidariedade, saber acreditar, a convivência social pacífica e consensual e a preservação imaculada do seu espaço.

A vida comunitária passa também por uma empatia e cumplicidade com toda a vida animal residente e a defesa e protecção da flora e ambiente, evitando a poluição das reservas de água (mares, rios e lagos). Como conclusão, os equatoriais são Uns abençoados do Mundo, que deveriam servir de exemplo a outros nativos, de outras regiões, portadores de outros valores e outras ambições, que se preocupam principalmente com conflitos e confrontos permanentes, na disputa de interesses pessoais.

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