sábado, 1 de dezembro de 2012

JÁ PERDI AS ILUSÕES



Já perdi as ilusões que alimentei desde criança,
as ilusões se diluiram no tempo,
levadas pelo vento.

Eram ilusões de muitas cores, sabores e calores,
viviam do meu cérebro, aqueciam o coração,
eram uma satisfação.

Ainda alimentei as minhas ilusões com fantasias,
mas depressa desisti de as suportar,
passando a ignorar.

Com a idade perdi todas as ilusões, que desertaram
p'ra paragens ignoradas, do fim da Terra,
má memória de tal megera.

Hoje vivo sem ilusões, que substitui por mais paciência,
prefiro viver das realidade que abraço,
guardando-a no meu regaço.

As realidades são mais verdadeiras e minhas amigas,
não há segredos guardados entre nós,
somos unos e sós.

As realidades e a idade são a minha melhor companhia,
vivemos o dia-a-dia sem ambições,
com a bolsa só de tostões.

Vivo bem sem preocupações, por não alimentar ilusões,
desprezo as mentiras, vivo com as verdades,
detesto as maldades.









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