domingo, 30 de dezembro de 2012

PREGÕES DE LISBOA

Os pregões soltavam-se das vozes das varinas.
Corriam as ruas de Lisboa,
Velozes e barulhentos,
Andavam à toa.

Assomavam às varandas e às janelas, os residentes,
Que se mostravam surpresos e impacientes,
Com os muitos e bonitos pregões.
Que soavam como trovões.

Traziam consigo frutas, legumes, peixe e pão,
Até jornais e roupas eram anunciados,
Muita espécie de fancaria,
Para serem comprados.

Os pregões começavam com a luz do Sol a nascer,
Para os iluminar no seu espairecer,
Pela cidade que despertava,
E a todos encantava.

Desejo o meu, de ao tempo dos pregões, poder voltar,
Ouvir aquelas vozes potentes no ar,
E escolher as coisas preferidas,
Para serem adquiridas.

Tempos que a seu tempo, eram os pregões os donos
Das ruas, travessas e vielas de Lisboa,
Em conjunto com os elétricos,
E alguns carros esotéricos.












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