domingo, 30 de dezembro de 2012

NOITE DE VIGÍLIA

Tenho sono, mas não me apetece dormir,
Fico acordado, tomando conta de ti,
De olhos bem abertos para ver
Se o meu rival inimigo,
Não te vai possuir, eu temer.

Passo noites e noites de vigília,
A adorar-te no altar da minha cama,
Eu trajando meu pijama,
Tu de vestido de noite de tília,
Ambos sem saber que fazer.

Quando nos amamos, perdemos a razão,
Ficamos obcecados, sem senão,
Perdemos a fala, ficamos mudos,
Tornamo-nos sisudos,
Esperando que passe a noite.

Nosso amor é de manhã descoberto,
Pelos raios de sol intrusos,
Que nos deixam confusos,
Ao entrarem no quarto, indiscretos,
Fazendo de nós objectos.



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