domingo, 25 de fevereiro de 2018

VIAGEM SEM FIM

Poema dedicado à minha terra Natal.

Viajo na solidão do espaço.
Para te alcançar, tão longe
Estás presente todos dias,
No meu dorido coração.

És a terra que me assistiu
No parto da minha mãe, 
Dia que tanto me marcou 
E me deu tanta satisfação.

Não há sol, nem céu azul,
Nuvens cinzentas surgem,
Tapam o horizonte, negro,
Pastel do quadro de África.

Viajo na solidão do espaço,
A viagem não mais tem fim,
Sensação de não sair daqui,
Pena minha de não chegar.

Vai ser adiado o meu regresso,
A vida sofrerá um retrocesso,
Não consigo inverter o sentido
Da nave que me trás de volta.


Ruy Serrano - 26.02.2018

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