sexta-feira, 19 de outubro de 2007

DEPOIS DA DESCOLONIZAÇÃO A HIBERNAÇÃO

(INÉDITO)
Decorridas três décadas desde a descolonização dos territórios de expressão portuguesa, chegou o momento de se fazer uma retrospectiva das causas e efeitos desse fenómeno.

As pessoas menos atentas e informadas sobre a realidade das verdadeiras causas que precipitaram o processo de descolonização, têm de saber que a descolonização teve três principais rastilhos: a pressão internacional encabeçada pelas principais potências interessadas na exploração das riquezas, sobretudo minerais; a rejeição da política colonial do regime Salazarista, por parte da maioria das populações de todas as raças, residentes nos territórios e a revolução? ou golpe de Estado? do 25 de Abril de 1974.


Considerando que a descolonização era inevitável, restava ao Estado Português preservar o património humano e patrimonial então existente, gerindo com sentido de Estado o futuro dos milhares de portugueses que tiveram de se refugiar em Portugal, sua mãe Pátria, despojados dos seus bens. Deveriam os políticos e militares ter negociado um pacto interno de absoluto consenso para conseguirem dos países europeus um plano de apoio, tipo Marshall (que aceitariam de bom grado, para evitar a implantação do comunismo). Através desta ajuda, deveriam indemnizar os espoliados do Ultramar, permitindo que reorganizassem as suas vidas familiares a fim de relançarem actividades produtivas. Esta medida iria dinamizar a economia do País, criando novos postos de trabalho e aumentando o crescimento económico redestribuitivo. Teria evitado nacionalizações e a colectivização da propriedade (que originou injustiças e novas elites ricas e aumentou o fosso para as classes médias e pobres). A Economia e Finanças de Portugal fortalecer-se-iam de molde a, volvidos estes 33 anos, estarmos a par dos países mais modernos da Europa e nem sequer teria havido necessidade de recorrer aos fundos da UE tão mal utilizados.
Pelas razões atrás apontadas e como não se vislumbra no horizonte a inversão do curso da situação, que poderá arrastar-se por mais 2 décadas, ouso declarar que, depois da Descolonização, Portugal entrou numa Hibernação prolongada.

1 comentário:

Parapeito disse...

De facto Portugal não esteve bem...e lamentando acredito que vai continuar assim...numa hibernação por tempo indefinido...
Brisas frescas daquelas que refrescam a alma**