sábado, 20 de outubro de 2007

RIOS DE PETRÓLEO - MARES DE LÁGRIMAS - LENÇÓIS DE ÁGUA

(INÉDITO)
Não há qualquer dúvida que o maior poder sobre a Terra emerge do crude, com a cumplicidade dos seus correlegionários. Estes, constituídos pelas ditas potências do G8, são os principais detentores do poder sobre o controlo do Ouro Negro.
Desde a descoberta das primeiras jazidas de crude, até hoje, que este passou a ser objecto da cobiça desenfreada por parte dos países industrialmente desenvolvidos. A utilização diversificada do crude, depois de refinado, tornou este recurso mineral o mais importante e apetecido do Universo. A luta económica que se travou entre as potências interessadas, atingiu, nos dias de hoje, o cume da pirâmide, em que se situam os poderosos, em total contraste com a base da pirâmide, constituída pelos subordinados e explorados.
Fazendo uma análise rigorosa à situação actual, chega-se à triste conclusão que, todas as regiões ricas em petróleo são as que detêm o maior índice de pobreza e sem esperança por parte das populações. Quanto maiores e mais vastos os recursos de petróleo, descobertos e a descobrir, maiores são as lágrimas derramadas por esses seres humanos, de sobrevivência miserabilista e de futuro imprevisível. Os meninos que cresceram e os que irão crescer na Era do Petróleo, não vislumbram um futuro promissor, embora, por ironia, o petróleo e seus derivados se tenham tornado a base de toda a economia mundial, influenciando, progressivamente, os piores indicadores sócio económicos do Mundo.
Segundo estatísticas rigorosas do panorama actual, estão identificados, como detentores das maiores assimetrias sociais, os países produtores de petróleo, situados: no Médio Oriente; bacia do Mar Cáspio; costa Ocidental de África (principalmente subsariana, com destaque para a Nigéria, Angola e Cabinda); América Central, Sudeste Asiático (em que se engloba Timor): Sul do Mar da China (onde se estimam reservas de dimensão incalculável); a bacia do Círculo Polar Árctico ( com 25% de reservas mundiais estimadas); e mais especificamente a Sibéria e o Curdistão iraquiano (região de Kirkuk, objecto de interesses turco-iraquianos) e a própria Venezuela.
Desta análise, extrai-se a triste conclusão de que o fosso existente entre as populações mais ricas (minoria) e as populações mais pobres (maioria) aumentou assustadoramente. Pena é que se dê tanta relevância ao petróleo e se desvalorize a importância que merece a preservação das reservas de água, principal fonte de riqueza imprescindível à sobrevivência do Ser Humano. Talvez seja uma boa razão para não haver especulação e exclusividade no acesso à água, sendo por ora um bem livre e de relativo fácil consumo ao alcance da maioria das populações.

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