sábado, 5 de dezembro de 2009

O HOMEM ROBOT


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Logo ao nascer, o Homem torna-se um perfeito robot. Está programado para obedecer às regras e normas que a vida passa a exigir-lhe. Começa a rigidez horária seguida com os primeiros choros, a mudança das fraldas, o mamar, o banho, etc...

Na realidade o Homem, condicionado pela sua dependência da sociedade em que está inserido, tem de se sujeitar a cumprir com as exigências do protocolo rígido que a vida lhe impõe. Na sua meninice vê-se confrontado com o horário pré-estabelecido para o banho, para as refeições, para os estudos e até para brincar, pois se desobedecer expõe-se aos castigos caseiros.

Já na adolescência, começa a lidar com algumas responsabilidades como as obrigações escolares, os namoros assumidos, a escolha dos amigos a confrontação com os primeiros inimigos, etc... A transição para a vida activa, além de penosa e de responsabilidade, revela-se de uma confrontação permanente com novas realidades e normas de rigidez crescente. Como Homem a corpo inteiro, o cidadão toma maior consciência do seu lado Robot, por concluir que não pode reger só por si a sua vida, dependendo em grande parte da sociedade. Os compromissos que assume com a sua família, com a sua vida profissional, com os seus amigos, com os seus deveres cívicos e outros tornam o Homem um perfeito Robot.

Já na idade madura e idosa, o Homem mais Robot se sente, pela sua dependência se acentuar com os horários mais rígidos a cumprir com os cuidados de higiene, com a tomada de medicação, com as refeições, com as horas de descanso, com os momentos de lazer, etc... Este formato e sina a que o Homem foi moldado, não pode ser alterado por qualquer invento científico.

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