quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A MAIS E MENOS VALIA DO LIXO

INÉDITO

Não nos deve surpreender o facto do lixo estar a produzir boas mais valias a certa gente, em Portugal e menos valia à maioria das pessoas. Este fenómeno é resultante dos agentes envolvidos neste desiderato, se identificarem com o próprio lixo com que recolhem avultadas mais valias.

O lixo foi sempre um elemento importante no desenvolvimento das Nações, em virtude de através dele se purificar o ar e o ambiente, desde que esse lixo seja reciclado. Todavia, nem todo o lixo é susceptível de sofrer reciclagem, pois parte dele mantém-se vivo, ficando com as mais valias do lixo reciclado. Para que o lixo vivo e implacável se mantenha indestrutível, continua uma grande parte da população anónima a suportar a factura e a empobrecer invisível mas dolorosamente, acabando, nalguns casos, por ter de recorrer à remoção dos restos e resíduos do lixo que sobra para poderem sobreviver.

O próprio País vai sofrendo a erosão desse lixo, tanto com o reciclado (que produziu avultadas mais valias a certos oportunistas) como com o lixo por reciclar que fica a poluir o ar que respiramos e o ambiente humano progressivamente mais desumano e anti-social.

Perante este panorama, há que as entidades governantes e de justiça actuarem para reciclar o próprio sistema, purificando a democracia das suas ervas daninhas e doenças endémicas, evitando que o Nosso País se transforme num grupo de indivíduos do 4.º Mundo, hipotecado e sem viabilidade. Desculpem o meu pessimismo, mas, por experiência própria, sinto na pele esse efeito nocivo.

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